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      Gamereactor
      análises
      Umbrella Corps

      Umbrella Corps

      Mais um jogo de Resident Evil que pouco tem a ver com as suas origens.

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      A Capcom sabe que Resident Evil é a sua licença de maior sucesso, e nos últimos meses tem lançado jogos e remasterizações com grande frequência. Uma boa porção dos títulos da saga já podem ser jogados na nova geração, e ainda agora ficou disponível Resident Evil 5 remasterizado. Há algumas semanas, na E3, foi anunciado Resident Evil 7, e os jogadores até tiveram a oportunidade de experimentar uma demo do jogo. Com o que a Capcom mostrou na E3, o objetivo é voltar a abraçar o terror, a criar experiências assustadoras - talvez mais do que a série alguma vez o fez. Parece ter ouvido as queixas dos jogadores, fartos de ver Resident Evil cada vez mais próximo da ação do que do horror, mas apesar desses sinais positivos, a Capcom decidiu lançar Umbrella Corps, um jogo que remove qualquer traço de terror da experiência e se foca por inteiro numa experiência multijogador de ação.

      Não é a primeira tentativa da Capcom em unir o nome de Resident Evil a uma experiência online, e se o passado serve de exemplo, esta não é uma combinação fadada para o sucesso. Será que Umbrella Corps mudou essa ideia? Não, pelo contrário, só a reforçou.

      O conceito base de Umbrella Corps é o de um shooter tático, onde duas equipas de três elementos se enfrentam. A Capcom pretendia distinguir a experiência de jogo ao incentivar os jogadores a usarem o cenário de forma inteligente, o que até poderia ser interessante se a jogabilidade não estragasse qualquer hipótese de sucesso de Umbrella Corps. Em vez dos combates se traduzirem em confrontos táticos, tudo se torna rapidamente em batalhas campais entre seis jogadores. Isto deve-se a vários fatores, como o horrível sistema de cobertura que prende excessivamente a personagem e que a coloca em mais perigo do que protege.

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      Os jogadores são por isso obrigados a estar sempre em movimento, não por design, mas por falha da jogabilidade. A Capcom ainda tentou implementar medidas para impedir isso, como o radar que deteta movimento rápido, mas os mapas são tão pequenos, e o radar tão confuso, que o seu objetivo não resulta. Também podem andar agachados e até rastejar, mas as duas opções são demasiado velozes - incentivando ainda mais ao movimento. Ao contrário do que a equipa de produção pretendida, a sobrevivência em Umbrella Corps não está numa atitude tática e jogabilidade furtiva, mas em movimento constante.

      A velocidade acaba por ser um fator determinante também devido a um sistema de mira desapontante. Existem dois modos de disparo - sem apontar, o que permite um disparo instantâneo, ou apontado com a mira. O problema é que a redução de movimento nesse modo é ridículo, quase ao ponto de parar a personagem. Se decidirem apontar a arma num confronto de um para um, mais vale pintarem um grande alvo na testa. Isto se os tiros na testa tivessem realmente importância. A deteção do local dos disparo é tão má que apontar à cabeça acaba por ser praticamente inútil. Em parte isso deve-se também ao lag, e à falta de compensação do jogo. A situação é tão má que, em várias ocasiões dispáramos contra o nosso inimigo na cabeça, morremos repentinamente, e o nosso inimigo morreu apenas segundos depois. Tudo isto acaba por recompensar muito mais um estilo de jogo de movimento constante e disparos sem apontar.

      Existe uma alternativa aos tiroteios e às granadas, um machado chamado Brainer. Estamos a falar de uma arma de destruição em massa, capaz de desfazer a quem acerte - não só mata com um só golpe, como 'prende ao inimigo', seguindo-o. E sim, adivinharam. Com o machado vão andar ainda mais rápido. Não conseguimos perceber como os produtores decidiram criar uma arma tão absurdamente poderosa. Em muitos casos, Umbrella Corps - um suposto shooter tático -, transforma-se em carnificina de jogadores com machados.

      Pelo menos no departamento gráfico, Umbrella Corps não é terrível. Não é um jogo feio, longe disso, mas também tem algumas falhas. As animações parecem um pouco presas e os modelos das personagens são banais, mas os cenários impressionaram. Gostámos sobretudo pela forma como os mapas capturaram a atmosfera dos jogos originais. Este é o ponto mais forte do jogo, a qualidade dos mapas e o seu design nostálgico. O maior destaque é o mapa de Raccoon City, onde vão batalhar na icónica esquadra da LCPD. Infelizmente não existem muitos mapas, e mesmo que existissem, não seriam suficientes para compensar o resto.

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      Não são apenas os mapas que são escassos, os modos de jogo também são reduzidos. O multijogador está dividido em duas secções. Um deles é One Life Match, que é basicamente um Team Deathmatch sem respawns para as equipas, ou seja, quando morrem é de vez. O outro modo é Multi Mission, onde vão variar entre vários tipos de jogo em rápida sucessão. Aqui o nosso destaque é ADN Hunter, onde os jogadores têm de unir forças para derrotarem um monstro particularmente forte para roubarem o seu ADN. Umbrella Corps também não faz um bom trabalho de explicação, e alguns tipos de jogo podem ser difíceis de perceber numa primeira instância. Um número superior de modos e mapas não iria resolver todos os problemas de Umbrella Corps, mas impedira que o sentimento de aborrecimento se instala-se tão rápido.

      Existe um elemento importante de jogabilidade que ainda não referimos, que é a inclusão de zombies. Além dos níveis familiares e do nome da Umbrella, os zombies são o outro indicador de que estão a jogar um jogo relacionado com Resident Evil. A introdução dos zombies serve para acrescentar uma dinâmica única às batalhas. Cada jogador está equipado com um aparelho que os torna invisíveis para os zombies, mas se esse aparelho for destruído pela equipa adversária, esse jogador passará a ser o alvo dos zombies no mapa - e isto inclui cães e corvos. Parece uma ideia interessante no papel, mas na prática não funciona tão bem. Raramente vão sobreviver a um evento que destrua o aparelho que vos torna invisíveis para os zombies, e mesmo que isso aconteça, os zombies são facilmente evitáveis.

      Se ainda não ficou claro, Umbrella Corps não é um bom jogo. Se fizesse parte de uma experiência Resident Evil, como Resident Evil 6, poderia ter sido mais fácil suportá-lo, mas como produto independente não é suficiente. O conteúdo é escasso, várias decisões de design não funcionam como deviam, e tudo se torna repetitivo e aborrecido em pouco tempo. Infelizmente não temos motivos para recomendar Umbrella Corps a ninguém. É como se tivesse sido mordido por um zombie, e embora ainda esteja vivo, o melhor mesmo é deixá-lo para trás porque já não há esperança para ele.

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      Umbrella CorpsUmbrella CorpsUmbrella Corps
      03 Gamereactor Portugal
      3 / 10
      +
      Alguns níveis inspiram nostalgia.
      -
      Mecânicas de jogo pobres. Jogabilidade confusa. Armas desequilibradas. Falta conteúdo.
      overall score
      Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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