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The Tomorrow Children

The Tomorrow Children

Foi uma das surpresas na conferência da Sony durante a Gamescom e quisemos saber mais sobre o exclusivo de PS4.

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Os criadores de PixelJunk estão a trabalhar num novo jogo completamente diferente dos seus projetos anteriores. A história abrange tópicos pouco usuais, sobretudo para o meio dos videojogos, enquanto que a experiência em si depende de várias componentes sociais, bem como da interação com outros jogadores. Além disso trata-de de um jogo que vive a partir de um mundo online persistente, ou seja, tudo o que fazem afeta o jogo para os outros jogadores - é um pouco como os MMORPG.

A produtora japonesa criou uma narrativa que se concentra numa era fictícia da Guerra Fria, em que a Rússia andava a fundir pessoas para criar uma consciência unificada. A experiência correu mal e a maioria da humanidade desapareceu. O jogador entra em cena alguns anos depois deste evento e vão assumir o papel de um de vários clones que trabalham juntos para tentar salvar a humanidade e restituí-la à sua forma gloriosa.

Entretanto nasceu uma nova sociedade, construída em cima de ideais marxistas e com novas tecnologias. Agora pertencemos ao proletariado e é preciso reconstruir a cidade. Em termos práticos, terão de trabalhar em minas, à procura de recursos preciosos ou de estatuetas que se parecem com bonecas russas e que retêm essências de ADN. E depois existe a cidade virtual, que terão de partilhar com 100 outros clones (jogadores) e que devem ajudar a evoluir, e a organizar as suas defesas contra ataques de monstros.

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Com alguns cupões que vão ganhar durante o jogo podem melhorar as vossas habilidades, aprender talentos e comprar acessórios novos. Estes talentos incluem cotovelos afiados, que permitirão furar filas com facilidade, ou a habilidade de usar um pequeno lança-foguetes.

The Tomorrow Children utiliza uma tecnologia 3D bastante avançada, com iluminação volumétrica. Este é, de longe, o jogo mais complexo que a Q-Games já desenhou, e é por isso que também um dos maiores projetos de sempre da produtora. Os jogadores poderão manipular tudo o que existe no mundo. Podem construir estruturas, como pontes, e alterar a cidade, com efeitos cosméticos e práticos. A influência de Minecraft é evidente.

Esta interação social com outros jogadores não é superficial. Podem cumprimentar outros jogadores e unir forças para combater inimigos. Outras interações serão mais subtis. Na mina, por exemplo, podem usar a vossa lanterna para iluminar o caminho de um colega que tenha ficado às escuras. Os jogadores não vão todos jogar na mesma cidade, ou servidor, se preferirem. Vão existir várias cidades, que serão classificadas segundo vários parâmetros. Os cupões de que falámos há pouco também pode ser usados para mudarem de cidade.

Visto de longe, The Tomorrow Children lembra uma sociedade virtual de formigas, o que não é uma comparação totalmente descabida. Todos devem trabalhar juntos para atingir um objetivo comum, e embora o passam fazer por motivos pessoais, o vosso trabalho irá beneficiar todos os outros jogadores. Quando um monstro é destruído, por exemplo, é essencial que os jogadores tentem minar os restos rapidamente, já que desaparecerão passados alguns momentos. Outros exemplos incluem veículos, que são poderosos, mas que têm de ser governados por vários indivíduos. A cooperação - direta ou indireta - é crucial para a experiência.

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Os humanos que vão encontrar e resgatar para a cidade também vão dar o seu contributo. Vão tentar consertar algo quebrado, ou carregar objetos de um lado para o outro. Não deixa de ser curioso que apenas os clones possam ser controlados por jogadores. Os humanos reais são governados pela inteligência artificial. Ocasionalmente também poderão eleger um líder, que poderá garantir bónus específicos à cidade. Podem oferecer mais recursos, ou melhorar a eficácia das armas, por exemplo.

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Agora, qual é o objetivo de tudo isto? Não sabemos ainda. Aliás, a própria produtora reconhece que ainda não definiu qual será o objetivo específico para atingir, ou se irá sequer existir um. De momento existem várias propostas na mesa, desde um número específico de humanos para salvar, à hipótese de tentar combater com outras cidades. Está ainda também a ser ponderada a possibilidade de passar The Tomorrow Children para uma estrutura free-to-play.

Parece-nos o tipo de jogo em que o lançamento não será o fim, mas o princípio da experiência e do projeto. É um mundo que merece continuar a crescer e a expandir. É difícil perceber qual é realmente o potencial deste The Tomorrow Children, mas para já, estamos muito entusiasmados.

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ANTEVISÃO. Escrito por Martin Eiser

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