Depois de um período algo longo nas máquinas arcade japonesas, Tekken 7 vai dar o salto para as consolas e PC no início do próximo ano, mas o Gamereactor já teve a chance de experimentar a versão PS4. Uma das novidades da versão caseira é o modo estória, mas esta demo que experimentámos só incluía uma pequena porção, a luta entre Heihachi e Akuma (de Street Fighter), que já tínhamos visto na E3.
Antes da luta propriamente dita começar, vimos uma sequência de vídeo com uma conversa entre Heihachi e Akuma. A certo ponto os dois começaram a lutar, e o ecrã pediu-nos para pressionar para a direita para evitarmos o "Hadoken" de Akuma. As vossas ações durante o modo estória vão afetar as batalhas que se seguem, e se neste caso não evitássemos o golpe de Akuma, teríamos de começar a lutar com menos saúde. Também apreciámos a transição entre sequência de vídeo e o combate propriamente dito, sem qualquer ecrã de loading. Ainda experimentámos jogar na perspetiva de Akuma, mas a experiência não mudou. Não sabemos se será mesmo assim na versão final, ou se é apenas para facilitar a demo.
Considerando este pequeno excerto que experimentámos, o modo estória de Tekken 7 parece ser bem mais interessante que o muito criticado modo de cenários de Tekken 6. Não esperamos nada de extraordinário, mas pelo menos a Bandai Namco está a tentar fazer algo de novo, e gostámos do que vimos. Também tivemos a oportunidade de experimentar o modo arcade, que consiste em três batalhas contra a inteligência artificial, sendo que o último obstáculo é Akuma. Na versão final acreditámos que os jogadores vão enfrentar entre oito a dez oponentes. Antes de terminarmos ainda defrontámos outros jogadores no modo versus, mas se nos permitem gabar um pouco, não perdemos um único combate.
Jogámos com várias personagens, incluindo clássicos como Kazuya, Steve, King, e Hwoarang. Embora sejam personagens com vários títulos de Tekken nas pernas, o que experimentámos nesta demo pareceu-nos algo um pouco diferente e novo. Também controlámos alguns dos novatos, como Akuma, Claudio, Gigas, Katarina, Kazumi, Lucky Chloe, e Shaheen. Louvámos o esforço da Namco para manter cada personagem interessante e individual, porque existem diferenças óbvias entre cada lutador e os seus estilos de combate.
Dos novatos, Claudio, Shaheen, e Kazumi foram os que nos agradaram mais. Claudio tem um design porreiro e é misterioso - esconde algo de certeza. Shaheen é fácil de controlar e tem uma atitude positiva, com potencial para se tornar uma das favoritas dos fãs. Quanto a Kazumi, é uma personagem poderosa, e se ainda não sabem, trata-se da mulher de Heihachi e a mãe de Kazuya. E para descansar os pessimistas, Akuma não nos pareceu ser demasiado poderoso ou desequilibrado. O facto de ter sido transportado de Street Fighter não parece ter influenciado a sua importância no jogo.
A base da jogabilidade segue o legado da série, mas existem novas mecânicas chamadas Rage Art e Rage Drive, duas mecânicas que não devem ser confundidas com a mecânica Rage que foi introduzida em Tekken 6. Esta mecânica em si foi alterada, e já não aumentada o dano causado como o fazia em Tekken 6 e Tekken Tag Tournament 2. Em vez disso, a sua função é a de permitir que os jogadores usem Rage Art.
Quanto estão no modo Rage podem ativar Rage Art, e o dano que pode causar está dependente da quantidade de saúde que o jogador tem. É uma mecânica interessante que permite aos jogadores que estão em dificuldades tentarem reequilibrar o combate. É uma ação poderosa, mas que pode ser bloqueada ou evitada, o que obriga os jogadores a terem cuidado quando a acionam.
Para ativarem o Rage Drive, têm de sacrificar o modo Rage. Desta forma conseguem criar uma versão mais poderosa de um ataque ou de uma série de ataques rápidos, aumentando o seu dano e ativando uma aura azul na personagem. Como acontece com o Rage Arts, cada personagem tem o seu próprio Rage Drive, e alguns são mais difíceis de executar que outros.
O jogo pareceu-nos muito fluido, o que é essencial num jogo de luta que se preze, ainda mais fluido do que Tekken 6 e Tekken Tag Tournament 2. Graficamente existe natural diferença para os jogos anteriores, com animações muito fluídas e personagens detalhadas. Infelizmente a demo não permitia personalizar personagens, logo é impossível comparar essa característica com o que vimos no passado. De forma geral gostámos imenso de Tekken 7, e se tivermos de apontar uma falha, será aos tempos de loading algo longos - entre 10 a 30 segundos. Ainda assim é preciso considerar que estamos a falar de uma versão inacabada, e que a Namco pode perfeitamente optimizar este tempo.
Parámos de jogar Tekken 7 com um enorme sorriso nos lábios. Graficamente está à altura das exigências, as personagens têm excelente design - novas e clássicas -, a jogabilidade é muito fluída, e o modo estória parece ser superior aos capítulos anteriores. Não queremos exagerar as expetativas, mas pelo que vimos e jogámos, Tekken 7 pode ser o melhor Tekken de sempre. Façam figas.