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Tekken 7

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Como será o primeiro Tekken desta geração? Aqui ficam as nossas impressões.

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Recentemente realizou-se um evento em Londres, dedicado aos jogos da Bandai Namco, e entre eles estava um dos maiores lançamento do ano para a editora - Tekken 7. O jogo já está a rondar as máquinas arcade japonesas há algum tempo, mas só este ano irá chegar para PC, PS4, e Xbox One. Este será o primeiro Tekken desta geração, e chega uma década depois de Tekken 6, e logo com a tarefa de se bater com alguns títulos de peso, como Injustice 2 e Marvel vs Capcom: Infinite, ambos também previstos para este ano.

A demonstração disponível só permitia jogar com um leque limitado de personagens, entre elas, Master Raven. Como seria esperado, o seu estilo é muito parecido com o Raven tradicional. É uma personagem ágil, e os seus movimentos velozes podem ser aplicados para grande efeito por um jogador habilidoso. A sua espada é também um dos pontos peculiares de Master Raven.

Também jogámos com Shaheen, que na nossa opinião é a personagem menos entusiasmante do novo lote, pelo menos a julgar pelo que experimentámos na demo. O seu estilo de luta não pareceu distinto ou interessante, o que não significa que lhe falte poder. A sua capacidade física é tremenda, e os seus comentários parecem mostrar uma personalidade estóica, o que é um contraste com a esmagadora maioria dos outros lutadores de Tekken. Um pormenor engraçado é que, se Shaeen sofrer dano suficiente na área da cabeça, a sua vestimenta irá cair para o chão e lá permanecer durante o resto do combate.

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A última personagem realmente nova que experimentámos foi o massivo Gigas, que tem um estilo de combate pesado. Gigas é extremamente poderoso e forte, e isso paga-se ao nível da agilidade e velocidade. Dito isto, Gigas não precisa de acertar muitas vezes no adversário para causar danos significativos. Também nos pareceu uma personagem interessante para aplicar pressão ao adversário, sobretudo se o encurralarem contra a parede.

Estas três personagens são novas, mas houve uma outra estreia que não podíamos deixar passar - a de Akuma, o vilão de Street Fighter.

Adorámos o facto dos movimentos característicos de Akuma terem sido transportados para Tekken 7, e não estamos a falar apenas dos especiais como Ha-do-ken, mas também de simples pontapés, murros, e agarrões. Dito isto, foi feito um trabalho bastante competente de adaptação à personagem, que nunca parece fora de sítio apesar de vir de outro jogo. A Bandai Namco conseguiu manter a personalidade e a base da personagem sem deixá-la à parte dos restantes.

Um dos maiores problemas que encontrámos com esta demonstração foram os tempos de carregamento, demasiado longos para um jogo deste género (ou qualquer jogo para dizer a verdade). Assistimos a loadings entre os 30 e os 60 segundos, o que seria péssimo num jogo de luta. Felizmente, é uma versão ainda em produção, por isso temos esperança que a Bandai Namco possa melhorar esta situação.

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Se têm acompanhado o progresso do jogo, sabem que existem alguns elementos de jogabilidade novos, com o Rage Art e o Rage Drive. O primeiro pode ser particularmente vital para dar a volta a combates quando estão prestes a perder. Quando têm pouca energia, a personagem ganha um brilho vermelho, o que significa que podem ativar o Rage Art. isto é um ataque devastador, mas pode ser arriscado, já que pode ser bloqueado e evitado - para realmente surtir efeito tem de atingir o oponente em cheio. O timing é essencial, e não é nenhum botão para ganhar instantaneamente o combate, mas é uma opção que dá alguma capacidade de resposta a quem está próximo de perder.

O Rage Drive é a alternativa ao Rage Art, e basicamente permite executar uma série de ataques rápidos ligeiramente mais poderosos que o normal. Desta forma estão a distribuir esta habilidade por vários ataques menores, em vez de apostarem tudo num enorme ataque de desespero. Quando ativam o Rage Drive, a aura vermelha passa para azul, e durante alguns segundos são mais poderosos.

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O aspeto visual foi talvez o que mais nos impressionou durante esta demonstração. Desde o lançamento de Tekken Tag Tournament 2 e Tekken 6, a capacidade gráficas dos videojogos melhorou imenso - e isso é por demais evidente se compararmos os jogos mais recentes da saga com Tekken 7. Entre a versão arcade e o lançamento em junho para consolas e PC, é evidente que Tekken 7 esteve a ser trabalhado muito tempo. O detalhe das personagens é impressionante, mas isso já era algo esperado. Mais surpreendente é a qualidade e a atenção ao detalhe das arenas.

Em termos de desempenho o jogo pareceu estar a correr bastante bem, salvo os carregamentos demorados que já mencionamos. Assistimos contudo a alguns problemas de "clipping", onde os fatos das personagens passavam por partes do seu corpo. Não é algo chocante, e acontece em quase todos os jogos de luta 3D, mas neste caso pareceu particularmente evidente.

Voltámos a ficar com boa impressão de Tekken 7, e se são fãs da saga, existe definitivamente motivo para sorrir. Gostámos de ver um leque de mais de 20 personagens já disponíveis para experimentarem, e um grande número de arenas também presentes. Isso significa que estão já confiantes quanto a um bom número de elementos do jogo, e ainda existem vários meses de afinação pela frente. Se tudo correr bem, Tekken 7 pode voltar a série no mapa.

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