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Space Hulk: Tactics

Space Hulk: Tactics

Uma adaptação interessante do jogo de tabuleiro da Games Workshop.

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Já havíamos tido a oportunidade de dar uma espreitadela a Space Hulk: Tactics há alguns meses atrás no evento What's Next, em França, organizado pela editora Focus Home Interactive. Recentemente fomos convidados a visitar o seu estúdio em Paris, e cruzámo-nos novamente com ele, entre outros títulos que estão em desenvolvimento na editora. Tactics é produzido pela Cyanide Studio, e vai-nos inserir no mundo de Warhammer 40,000 (universo do qual faz parte) já em Outubro, data em que vai ser lançado para PlayStation 4, Xbox One e PC.

Se forem fãs do estilo tático providenciado por Xcom, então vão certamente apreciar este jogo de batalhas por turnos. Encontram aqui duas raças à escolha, os Space Marines e os Genestealers (infelizmente não nos foi possível jogar com estes últimos). Cada qual está dividida em várias fações - no caso dos Space Marines temos os Blood Angels, os Space Wolves ou os Dark Angels, entre outras - e todas pretendem obter o controlo de uma nave abandonada chamada The Hive.

Os mapas estão dispostos segundo quartos e longos corredores, por onde vão deslocar as vossas unidades de forma a aniquilar os adversários ou a concretizar quaisquer outros objetivos. Por vezes parece mesmo um jogo de tabuleiro, dado que os vossos soldados movimentam-se e executam ações através de um sistema de cartas. Estas determinam não só os parâmetros a cumprir, como também a posição a adotar (como estar à defesa ou prestes a disparar). Cada qual custa pontos às vossas unidades, e são renovadas no início de cada turno; assim, o jogador está limitado, pelo que algumas ações são excessivamente caras. Virar para a esquerda ou para a direita custa tanto como dar um passo em frente, por exemplo - se bem que nunca esperámos grande agilidade dos Space Marines, dada a enorme armadura que envergam. É por isso essencial calcular de antemão as posições que pretendem ocupar, e antecipar um plano de jogo antes de darem início à partida.

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Dispõem de pouco mais de um minuto para dar as vossas instruções, o que dá jeito ao princípio; contudo, esse intervalo de tempo revela-se demasiado extenso depois de estarem familiarizados com os controlos. Os comandos são básicos - selecionar as vossas unidades, escolher a carta de ação a desencadear e mudar para a perspetiva FPS. Esta última é um dos elementos chave de toda esta operação, já que vos consegue colocar na pele do vosso esquadrão de forma a dar um cunho um pouco mais imersivo a toda a experiência. Torna-se mais difícil conseguirem obter uma boa visão do campo de batalha na sua totalidade - mesmo com a visão raio-X - mas por outro lado é mais fácil interpretar as posições dos vossos inimigos. Além disso, atribui uma atmosfera mais pesada ao jogo, pois encontram-se encerrados numa nave abandonada onde um adversário pode aparecer de repente.

É-vos oferecida a oportunidade de escolherem cinco membros para a vossa unidade, pelo que encontram várias classes como comandante, sargento ou o estranhamente denominado vendedor de livros (uma espécie de padre do Império com habilidades que fazem dele um misto de mágico com mecânico). Cada qual tem o seu próprio armamento e habilidades - as quais vão ser obviamente impactantes nas ações que podem desencadear no campo de batalha. Para além disso, podem personalizar o avatar das vossas unidades. Podem mudar o seu estilo de armadura, os símbolos, as cores, e embora nada disto tenha uma consequência direta na jogabilidade, vão encontrar um rol de opções para construir os esquadrões ao vosso gosto. Afinal, quem não gosta de impor o seu cunho pessoal num jogo deste estilo?

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A vertente visual é aquilo que esperariam de um jogo do género de Xcom, e alguns pormenores saltam à vista ao utilizarem a perspetiva FPS. Com o decorrer das diferentes campanhas vão encontrar outro tipo de naves e embora só existam três temas de momento - Orks, Imperium e Eldars - outros irão chegar no futuro. É importante sublinhar que a única coisa que vai mudar é o design das paredes, do chão e das luzes, sendo um aspeto puramente estético.

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Vão ter acesso a estes elementos decorativos ao utilizarem a opção de criação de mapas, uma ferramenta simples e fácil de manusear. Dispõem os corredores e os quartos segundo uma grelha, e podem adicionar portas e estações computadorizadas de forma a melhorar as oportunidades de jogabilidade do mapa. Podem decidir as zonas de spawn das vossas unidades e também as dos adversários, por isso as possibilidades são muitas.

Mas não pensem que tudo é fácil. Se perderem muitas unidades o jogo acaba e, só depois de jogarem a uma missão inúmeras vezes e repensarem a vossa estratégia, é que vão conseguir cumprir a vossa meta.

Foi-nos permitido jogar a Space Hulk: Tactics durante uma hora, e embora tenhamos implicado com alguns aspetos - não conseguimos observar o mapa por inteiro com a perspetiva FPS, e o número de ações por unidade é demasiado limitado a nosso ver (às vezes é necessário gastar todos os pontos do turno da unidade para a conseguir fazer voltar para trás) - o tempo passou a correr. Estamos ansiosos de lhe meter as mãos em cima outra vez, e conduzir a nossa equipa em mais uma missão.

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