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Project xCloud - Preview

Já passámos várias horas com a solução de cloud gaming da Microsoft, e estas são as nossas primeiras impressões.

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Há já vários anos que se diz que o cloud gaming será o futuro dos videojogos, uma solução que irá tornar as consolas obsoletas, permitindo jogar títulos ao mais alto nível de qualidade gráfica sem ser necessário um aparelho dedicado. Bem, a verdade é que ainda não chegámos a esse ponto, e ainda este ano serão lançadas novas consolas que seguem o mesmo formato local que todas as outras que vieram antes. Mas há ou não há valor nesta solução de cloud gaming?

Depois de um lançamento que não impressionou ninguém, o Stadia continua sem convencer passados vários meses - e ainda nem chegou a vários territórios, incluindo Portugal. Antes disso, a Sony lançou o seu próprio PS Now, um serviço que funciona bem, mas que está ainda longe de se equipar à experiência de uma consola. Mas falta o Project xCloud, uma alternativa de cloud gaming que a Microsoft está a desenvolver há vários anos, e que continua a ser testada através de várias etapas. Uma dessa etapas envolveu o lançamento do programa Preview em alguns países europeus, o que nos deu a oportunidade de passar algumas horas com esta versão ainda em desenvolvimento do serviço.

O que nos impressionou em relação ao Project xCloud foi a facilidade de acesso ao serviço e a sua navegação. De momento, a fase Preview só permite usar o xCloud em dispositivos Android, e por isso usámos um Samsung S9, ligado a uma rede Wi-Fi de 1GBs - muito acima dos requisitos necessários. A interface é extremamente linear e minimalista, mas eficaz, apresentando um formato em mosaico. Isto permite navegar várias categorias, mas também existe o indispensável botão de busca. O Project xCloud tem já uma biblioteca respeitável, que inclui títulos de vários géneros, incluindo plataformas, condução, RPG, ação, e luta, entre outros - todos em versão Xbox One X.

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Focámos-nos em jogos que exigem respostas rápidas para testar o serviço, nomeadamente Forza Horizon 4, Mortal Kombat X, e Borderlands 2, e o resultado foi impressionante. A nível gráfico, mesmo considerando a dimensão reduzida do telemóvel, estávamos a correr os jogos numa resolução de 2960x1440, o que foi mais do que suficiente para apreciar um nível de detalhe fantástico. Mais importante ainda, nunca experienciámos abrandamentos ou lag que afetasse a experiência de forma significativa. O único elemento que nos desapontou ligeiramente foi o aúdio, cuja qualidade nunca deslumbrou, além de ter apresentando algumas falhas de sincronização com a imagem.

Apesar deste ligeiro defeito, a experiência com o Project xCloud deixou-nos impressionados. Não foi perfeita, sobretudo porque é impossível manter o mesmo nível de desempenho de forma contínua, o que pode resultar em alguns abrandamentos muito pontuais, ou algumas imperfeições na qualidade de imagem, causadas pela compressão da imagem. São falhas, que colocaram a experiência de jogo abaixo do que seria jogar numa consola, mas o ponto é mesmo esse - não estávamos a jogar numa consola, mas sim num telemóvel.

Se é melhor que o Stadia? Honestamente... ainda não, mas também não é suposto ser, já que é um serviço que ainda está a ser testado e aperfeiçoado. A Microsoft parece não querer fazer o cloud-gaming rapidamente, mas bem, e essa parece-nos a abordagem certa. Mais, a Microsoft já referiu em várias ocasiões que o Project xCloud pretende ser um complemento à Xbox e ao Windows 10, não um substituído, o que significa que pode ter o melhor de dois mundos. Como jogar os seus jogos Xbox no seu telemóvel, por exemplo, ou os jogos do Game Pass, já que os dois serviços estarão ligados.

Ter cloud-gaming como suporte às consolas, e não como substituído, parece-nos o caminho a seguir, e estamos curiosos para ver como se irá desenvolver esse percurso até agora promissor do xCloud.

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