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Pro Evolution Soccer 2015

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A demo de PES 2015... na perspetiva de um jogador de FIFA.

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Por norma não publicamos artigos com um teor tão pessoal, mas perdoem-me esta pequena exceção. A minha relação com Pro Evolution Soccer já tem barbas. Tudo começou na SNES, passou para a N64 e evoluiu nas plataformas PlayStation. Contudo, como muitos outros jogadores, na última geração saltei para FIFA. Não que PES fosse necessariamente mau, mas era um jogo diferente e FIFA melhorou bastante nos últimos anos. Assim, é difícil a nível pessoal classificar ou avaliar PES 2015 comparando com as edições anteriores. Não se preocupem contudo que a análise será feita por um especialista de PES. Mas por agora, gostaria de partilhar convosco a minha impressão de PES 2015... enquanto jogador de FIFA.

Hoje foi um dia de más notícias para os fãs de PES, com o anúncio do adiamento da demo, mas ironicamente, tive a oportunidade de jogar várias partidas com uma demo especial do jogo (tinha seleções, em vez de clubes). E ao contrário do que me aconteceu em anos anteriores, não estranhei assim tanto a transição de FIFA para PES. Não se assustem, PES não se tornou num clone de FIFA, mas ao jogar PES, tentei jogar futebol, e foi isso que consegui com esta demo.

Não sei como se compara com PES 2014, mas esta versão de PES 2015 para a PS4 proporcionou-me a melhor experiência que tive com a série em vários anos. Adorei a forma como os passes funcionaram, respondendo bem à direção e força indicada. Os passes em profundidade pareceram particular fantásticos, embora às vezes, em demasia. É um caso a rever mais tarde, pois podem criar alguns desiquilíbrios excessivos e em alguns casos pareceram algo automáticos. Mesmo assim, os passes pareceram-me consideravelmente superiores ao que me lembrava do passado.

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Melhor ainda estão os dribles. As animações dos jogadores com a bola estão fantásticas, com reações bastante naturais. A bola, sem sair disparada dos pés dos jogadores, já reage de forma muito mais natural e independente, soltando-se com maior frequência. Também gostei bastante do botão para guardar a bola. Com o R2 podem iniciar uma série de dribles especiais, mas também é possível guardar a bola, enquanto o vosso jogador tenta manter o esférico afastado do oponente. Esta ação foi perfeita para pautar o ritmo da partida e permitir a movimentação dos colegas.

Isto leva-me a outro aspeto de PES 2015 - a inteligência artificial. A movimentação dos jogadores controlados pela IA pareceu extremamente intuitiva e natural, procurando espaços para abrirem linhas de passe. Mas isto aplica-se a todo o terreno, e não apenas a corridas em desmarcação. PES 2015 permitiu desenhar algumas jogadas de equipa que respiravam futebol.

A defesa também pareceu ter sido trabalhada, com marcações mais eficazes dos colegas controlados pela inteligência artificial. A nossa dúvida está relacionada com os passes em desmarcação, que parecem motivar uma pequena 'desatenção' dos defesas, mas como já referimos em cima, é algo que será preciso rever na versão final do jogo. Também gostei da pressão exercida pelo 'segundo jogador', enquanto tentava cortar linhas de passe com o atleta que estava a controlar. Reparei, contudo, que o jogo está mais exigente no timing do corte. Enquanto podem carregar no X para que o defesa faça pressão, o vosso segundo toque para tentar o corte terá de ser mais preciso.

Outra ações, como os cruzamentos e os remates, pareceram muito afinados. Embora ambos estivessem a ser assistidos pela IA nos controlos, ofereceram uma boa sensação (ou ilusão) de controlo. Dito isto, também apresentam uma dose realista de imprevisibilidade e erro. Chutar à baliza ou cruzar a bola foram sempre ações satisfatórias, independentemente do resultado - acertar no alvo, ou não. Uma palavra ainda para os guarda-redes, que parecem ter sido agraciados com uma grande revisão por parte da Konami. No passado sei que existiram vários problemas com os guarda-redes de PES, mas o que vimos nas partidas que disputamos foi um comportamento realista dos guardiões. Todos os golos surgiram de forma natural, e nunca de alguma ação patética do guarda-redes. As novas animações também são vistosas.

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No geral, a demo de PES 2015 impressionou-me, mas também existem algumas falhas a apontar. A mais óbvia está no departamento gráfico. O jogo está bonito, com a versão de nova geração a aproveitar os benefícios da tecnologia Fox Engine (a mesma de Metal Gear Solid V), mas à semelhança do que acontece também com FIFA 15, PES 2015 parece mais uma espécie de super-versão PS3 do que realmente um jogo de nova geração. Tanto a EA, como a Konami, têm de melhorar este capítulo nos próximos anos. Vale a pena também referir os menus, que parecem saídos da geração de PS2. Este é um aspeto que pode mudar significativamente na versão final do jogo, mas não gostei dos menus que vi na demo.

Correu desta forma a minha primeira experiência com PES 2015. Diverti-me genuinamente com o jogo, tentado jogar futebol real, com trocas de bola, contenção, passes a rasgar e cruzamentos medidos. Há muito tempo que não me divertia assim com Pro Evolution Soccer. Estou ansioso para aprender as nuances da jogabilidade, experimentar os sistemas manuais e testar outro tipo de jogadas. Agora, será isto suficiente para me 'converter' de volta? Não sei, ainda é cedo para o afirmar, mas podem ter a certeza de que pela primeira vez em muito tempo, estou disposto a dar uma nova oportunidade genuína a Pro Evolution Soccer.

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