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Nintendo Switch OLED - Análise

Não é a Switch Pro que queríamos, mas é ainda assim um melhoramento em relação à consola original.

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Depois de vários rumores de que a Nintendo estaria a preparar uma versão "Pro" da Nintendo Switch, capaz de suportar resoluções até 4K ou framerates superiores, a internet não ficou exatamente deslumbrada com a Switch OLED. É que embora inclua alguns melhoramentos, nenhum deles está especificamente ligado ao hardware interno, o que significa que não é capaz de correr jogos de forma superior à Switch original ou até a Lite. É antes algo mais em linha com o que a Nintendo tem feito no passado, como a 3DS XL, e embora seja algo desapontante não trazer um hardware superior, é inegável que estamos a falar da melhor versão da Switch.

Ecrã OLED de 7 polegadas

O novo ecrã dá o nome à nova consola e justamente, considerando que é o grande destaque desta versão. Estamos a falar de um ecrã OLED de 7 polegadas contra um ecrã LED de 6.2 polegadas da original, e de imediato nota-se a qualidade superior deste ecrã com a Switch nas mãos. Além de oferecer um campo de visão superior, que permite ver melhor o nível de detalhe, os mapas, e os textos, entre outros pormenores, este ecrã OLED é mais brilhante e tem cores mais vibrantes. Com as duas consolas lado-a-lado torna-se ainda mais evidente o quão superior é este ecrã OLED, que também permite continuar a jogar através de vários tipos de iluminação diferentes, desde espaços exteriores brilhantes a salas escuras durante a noite.

Esta qualidade de imagem superior adequa-se não só aos jogos, mas também às aplicações de vídeo, embora aqui seja preciso deixar uma nota. As aplicações que testámos, como o Youtube, mantiveram o formato original, aparecendo no novo ecrã com barras pretas de forma a manter essa disposição. Esperemos que seja algo que possa ser resolvido em breve com uma atualização, para que essas aplicações tirem melhor proveito do tamanho do novo ecrã.

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Base melhorada

A base, que permite ligar a Nintendo Switch à televisão, recebeu alguns toques e melhoramentos. Os cantos foram arredondados, e por baixo agora inclui pequenos pés de plástico para não estar em contacto direto com as superfícies. A maior novidade, contudo, é a introdução de suporte para uma ligação ethernet, caso prefira uma ligação por fio à internet em vez de Wi-Fi. Uma grande vantagem, em particular para quem descarrega muitos jogos ou utiliza a Switch para jogar vários títulos em formato cloud, como Control, Dying Light 2, e Guardians of the Galaxy.

Nem tudo é no entanto positivo, já que o material parece ser ainda mais 'rasca' e barato que o da Switch original (que já não era grande coisa), e agora a parte exterior é removível, em vez de ser uma pequena portinhola que abre e fecha. Estes elementos dão-nos a sensação de que se pode partir com maior facilidade, embora até ao momento seja apenas isso - uma sensação (não a partimos de facto para testar a sua durabilidade). Convém ainda lembrar que esta nova base será vendida à parte no futuro, caso esteja realmente interessado na ligação ethernet, mas não necessariamente na nova consola.

Nintendo Switch OLED - Análise
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64 GB de armazenamento interno

A nova Switch traz o dobro do armazenamento interno que a versão original, o que significa uma passagem de 32 para 64 GB. Ter o dobro do espaço para instalar jogos é obviamente melhor, mas mesmo assim parece-nos bastante escasso. 128 GB seria um melhoramento considerável, já com espaço para um número confortável de videojogos, mas infelizmente não o caso. Pelo menos a Switch OLED é compatível com cartões microSD, e se já tinha algum para a Switch original, pode também usá-lo na nova consola - mas terá de formatar o cartão.

Base de apoio melhor e maior

Dos três modos da Switch - televisão, portátil, superfície -, o modo superfície era o que gostávamos e utilizávamos menos. O suporte em si parecia fraco, e o tamanho do ecrã simplesmente não nos parecia suficientemente atrativo para jogar desta forma. Isto mudou com a Switch OLED, já que o tamanho superior do ecrã facilita a sensação de jogar a alguma distância, e o novo suporte, além de mais resistente, pode ser ajustado num ângulo entre 90 a 180 graus. Infelizmente a ligação do transformador continua a ficar na parte inferior da consola, por causa da ligação à base, o que não dá jeitinho nenhum para quando quiser jogar em modo superfície.

Conclusão

Não é a Switch Pro que queríamos (e que esperamos ainda ver no futuro), e algumas características podiam ser melhores, mas é inegável de que esta é a melhor versão da consola. Com mais espaço de armazenamento, um ecrã maior e melhor, uma base com ligação ethernet, e um suporte mais robusto e ajustável, a Switch OLED apresenta melhoramentos para todos os modos da consola, embora com particular destaque para os modos superfície e portátil. Se já tem uma Switch e não está em condições de esbanjar dinheiro, não nos parece suficiente para justificar uma nova compra, mas se ainda não tem uma Switch e eventualmente quiser uma, então é a versão que deve comprar.

Nintendo Switch OLED - Análise
08 Gamereactor Portugal
8 / 10
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Tamanho e qualidade de imagem superior do ecrã. Novo suporte torna modo de superfície mais viável. Nova base inclui ligação ethernet.
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Base continua a parecer um produto algo 'rasca'. Capacidade de armazenamento é maior, mas insuficiente.
overall score
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