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Mirror's Edge Catalyst

Mirror's Edge Catalyst: "Criámos um mundo para explorarem"

Erik Odeldahl abre o livro em relação ao que vamos encontrar na nova versão de Mirror's Edge.

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Mirror's Edge acabou por não ser o êxito que a Electronic Arts esperava, quando lançou o jogo em 2009, em parte porque o resultado final acabou por não corresponder totalmente às expetativas dos jogadores. Ainda assim, o facto de se tratar de experiência baseada em parkour jogada na primeira pessoa - e com uma protagonista feminina intrigante -, sempre deixou a sensação de que Mirror's Edge podia ter sido muito mais do que acabou por ser.

Seis anos depois, a saga prepara-se para regressar na forma de Mirror's Edge Catalyst, um misto de prequela/reboot. O nosso colega Bengt Lemne teve a oportunidade de entrevistar Erik Odeldahl, da DICE, que nos explicou qual é a nova visão da produtora para Mirror's Edge, antes de confessar que há muito que o estúdio queria ressuscitar a série:

"Queríamos trazer Mirror's Edge de volta há muito tempo e Mirror's Edge Catalyst é de certa forma o resultado disso. Queríamos certificarmos-nos de vários elementos, e todos queriam a capacidade para explorarem livremente o cenário em mundo aberto. Isso acabou por ser o centro de tudo para o novo jogo, a vontade de deixar o jogador explorar livremente uma enorme cidade. Também queríamos criar uma fundação muito forte, onde pudéssemos continuar a construir em cima disso, por isso decidimos recriar a narrativa. Críamos um mundo massivo com muita história, onde Faith e outras personagens vivem, e este jogo até acaba por contar as origens de Faith. Essas foram as fundações para Catalyst, a criação de um mundo que os jogadores pudessem explorar e a reintrodução de Faith, para que vejam como se tornou numa heroína."

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A capacidade para explorar uma cidade livre com as habilidades de Parkour de Faith em Mirror's Edge, parece-nos uma excelente ideia, mas também um pesadelo de design para os produtores, algo confirmado pelo próprio Erik:

"Sim, foi um grande desafio. O primeiro jogo foi uma história muito linear, e em comparação as dificuldades de design para Catalyst foram tremendas, mas penso que fizemos um excelente trabalho. Se jogarem Catalyst vão perceber como é muito mais fluido que o original. Ao mudarmos o design para navegação e exploração em todas as direções, fomos obrigados a trabalhar duro nas animações e no sistema de controlo para que tudo fosse muito fluido, e não acontecesse o que referiu, ou seja, uma paragem brusca. Queremos que o jogador esteja a movimentar-se o tempo todo."

"Incluímos uma mecânica na demo que estamos a mostrar que se chama Dash, e que é basicamente um local onde os corredores podem comparar as suas capacidades uns com os outros. Também temos missões de correio, puzzles relacionados com o cenário, muitos colecionáveis e outros segredos escondidos. Criámos uma cidade que o jogador queira explorar."

"A questão aqui é que Faith está no seu melhor quando está em movimento total, e nós não queremos que ela pare, não queremos que vá contra pessoas ou que roube veículos. Queremos que faça aquilo em que ela é a melhor: correr, saltar, deslizar. Os telhados e outras partes escondidas da cidade é onde ela se sente melhor. Ela não quer estar rodeada de pessoas."

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A história do Mirror's Edge original foi umas das principais queixas, que não teria sido explorada de forma eficaz, mas a DICE assegura que isso será diferente com o novo jogo:

"O nosso diretor narrativo, Christofer Emgard, está com a equipa desde o início e é uma peça integral da equipa. Tem trabalhado de perto com os designers do mundo, com os designers da jogabilidade e com todo o mundo. Ele está connosco todos os dias e ajudou-nos a construir um passado e uma história de fundo massiva para o mundo de Mirror's Edge. Muitas personagens, muitas empresas, tudo integrado no jogo. Este é um jogo massivo para a DICE."

"Não quero falar muito da história, mas podem pensar nesta narrativa como o processo que leva Faith a tornar-se na heroína que conhecemos. Ela começa o jogo com alguma ambiguidade, uma ladra de alta tecnologia, que trabalha para as grandes empresas mas também para a resistência. Ela prefere não escolher um lado, acaba por se envolver com um conflito muito maior à escala nacional e gradualmente acaba por aceitar o facto de que tem de ser mais, uma grande heroína."

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O grande foco de Mirror's Edge Catalyst é naturalmente a campanha a solo, como deveria ser, mas será que isso significa que o jogo não vai incluir qualquer forma de multijogador?

"Para já não estamos a falar dessa parte do jogo, mas teremos muito mais para partilhar sobre isso nos próximos meses."

Mirror's Edge Catalyst será lançado a 23 de fevereiro de 2016 para PC, PS4 e Xbox One. Em baixo podem observar a versão vídeo, em inglês, da entrevista com Erik Odeldahl.

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