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Middle-earth: Shadow of Mordor

Middle-earth: Shadow of Mordor

Estamos mais confiantes que nunca, depois da nossa maior sessão com o jogo.

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Não é comum encontrar muita ambição em projetos licenciados, como é este Middle-earth: Shadow of Mordor, mas é uma palavra que nos vem à cabeça recorrentemente durante a nossa maior sessão com o jogo. Já tínhamos tido a oportunidade de ver Shadow of Mordor no passado, e embora até tivesse deixado boas impressões, ainda não estávamos totalmente convencidos do seu potencial. Esta nova sessão, dividida em duas secções, deixou-nos mais confiantes.

Na primeira parte da demo, acompanhámos Talion, o protagonista recém-ressuscitado que agora partilha a sua mente com o espectro que o trouxe de volta dos mortos, no encalce de Gollum, numa missão de história. A segunda parte da demo mostra um pouco mais do sistema Nemesis, uma das mecânicas mais originais e promissoras do jogo, que permite aos Orcs que sobrevivam a confrontos com Talion evoluir e até tornarem-se em mini-bosses.

Gostámos bastante das duas secções. A última em particular, porque detalha como funciona a hierarquia dos Orcs e como isso terá impacto no jogo em si. O sistema Nemesis é de tal forma interessante que, durante a nossa entrevista com o produtor, falamos de como este sistema tem de começar a ser usado por mais jogos do género. Se funcionar como está a ser prometido, o Nemesis pode ser uma das introduções mais importantes dos últimos anos no género em mundo aberto.

Mas recuemos. O início da demo coloca-nos no encalce de Gollum, levando-nos para florestas, ruínas e uma caverna de um Troll. Esta demo acaba de imediato com uma das nossas preocupações iniciais. Como o jogo apenas decorre em Mordor, temíamos que não existisse variedade além da lama e da terra, mas nesta demo vimos planícies com relva, árvores e cor, não só estruturas destruídas ou fortes de Orcs. Felizmente parece existir mais em Mordor (ou pelo menos nesta versão de Mordor), do que os filmes nos mostraram.

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Middle-earth: Shadow of MordorMiddle-earth: Shadow of Mordor

De igual forma, também vão conhecer um pouco mais da história do próprio Gollum. O grafismo de nova geração aproxima o Gollum do jogo ao modelo utilizado no cinema e a voz de Liam O'Brien é quase indistinguível da performance característica de Andy Serkis. Quando eventualmente encontramos Gollum, torna-se óbvio que a icónica personagem é mais do que uma pequena presença, já que a conversa indica que os dois já se conhecem bem, possivelmente de sequências anteriores à demo. Mas há um terceiro elemento na conversa, quando o espectro que habita Talion se anuncia como Celebrimbor, o elfo ferreiro que forjou os Anéis de Poder. Através de flashbacks de Celebrimbor poderão ver memórias que remontam à criação dos anéis e até terão a oportunidade de observar Sauron sem armadura, enquanto os dois interagem.

No momento específico da demo, a situação entre Talion, Celebrimbor e Gollum não parece ser muito diferente da que vimos entre Sam, Frodo e Gollum, na trilogia de O Senhor dos Anéis. É uma sequência que acrescenta substância narrativa às personagens e à história, no que tinha sido até aqui, nas demos anteriores, um festival de carnificina entre Talion e Orcs.

Apesar do momento de história muito bem-vindo, ainda é o combate que preenche a maior parte da nova demo. Existe um sistema de evolução de Talion, que permite observar cada movimento antes de o desbloquear. Para esta sessão escolhemos uma habilidade que permite ao herói teletransportar-se e atacar. Selecionam um alvo, acionam o botão e Talion reaparece atrás do inimigo desatento, eliminando-o de seguida.

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É um truque que também pode ser usado para alcançar locais de difícil acesso, como a ravina em frente da caverna em colapso onde nos encontramos. Também desbloqueámos uma habilidade de rasteamento, que nos permitiu acompanhar o rasto de Gollum com maior facilidade. É particularmente importante para momentos em que as pegadas desaparecem, porque Gollum serve-se de vários movimentos verticais.

Quando eventualmente chegamos à caverna, o jogo assumiu uma direção bastante linear, o que é natural. São corredores na escuridão, mas mesmo aqui parecem existir várias rotas possíveis. Quando chegarem ao exterior serão livres para irem onde quiserem. O sistema Nemesis em particular parece ser um bom motivador para a exploração do mundo.

Middle-earth: Shadow of Mordor

Os Orcs evoluem com experiência, tal como o jogador, definindo os seus pontos fortes e fraquezas. Um Orc pode evoluir para se tornar num comandante de Wargs (criaturas tipo lobo que podem ser cavalgadas), mas outro pode ganhar pavor das criaturas e fugir à primeira vista - e podem usar isso para vossa vantagem. Podem observar o desenvolvimento das personalidades destes Orcs através de um menu específico, que detalha as personagens chave (várias criadas aleatoriamente) de cada região.

A evolução destes Orcs é constante e não depende da proximidade ou da interação com o jogador. Podem existir conflitos entre Orcs, lutas de poder que premiam o vencedor. Um Orc pode desafiar outro pelo poder e isso tudo fica registado e pode ser acompanhado através do menu que mencionamos em cima.

De uma forma ou outra, quando um desses Orcs sobe ao poder, torna-se num mini-boss, indicado no mapa como um objetivo opcional. Mas não contem encontrar estes inimigos mais poderosos a vaguear pelo mundo - terão de os provocar primeiro. Para os atraírem terão de cumprir uma série de objetivos definidos aleatoriamente pelo jogo.

Apesar de serem criados aleatoriamente, estes objetivos obedecem às características da personalidade do Orc em questão. Para derrotarmos o Orc da nossa demo, precisámos de eliminar 20 Orcs mais fracos em menos de dois minutos, o que deixou o seu líder furioso o suficiente para nos tentar atacar ele próprio. Estes Orcs especiais podem ser perigosos, de tal forma que Talion sucumbiu durante o combate com o alvo.

Esta morte inesperada permitiu explorar ainda mais o sistema Nemesis. Quando morre, Talion é ressuscitado noutro local, mas o jogo não volta ao Checkpoint anterior. Em vez disso o jogo continua, independentemente da morte do jogador. Isso significa que o Orc que nos matou ficuo ainda mais forte e até pode ser avançado pela hierarquia dos Orcs.

Outro elemento que esta demonstração permitiu verificar é que o jogo tem muito bom aspeto, melhor do que as imagens podem levar a pensar. Com um grafismo competente, um sistema inovador e jogabilidade bastante sólida (embora reconhecidamente retirada de outros jogos), Shadow of Mordor pode surpreender muita gente aquando do lançamento a 3 de outubro, sobretudo se forem fãs de Tolkien.

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