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Just Cause 3

Just Cause 3

"Just Cause 3 é como um filme de James Bond passado num paraíso tropical e produzido por Michael Bay."

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Durante a visita à Avalanche Studios, para experimentar o seu segundo jogo em mundo aberto de 2015 (Mad Max foi o primeiro), ouvimos repetidamente uma expressão: "porque é mais divertido." Foi desta forma que a produtora justificou a maioria das mudanças e novidades na jogabilidade, porque acima de tudo o resto, a terceira aventura de Rico Rodriguez - a primeira na nova geração de consolas - tem de ser mais divertida que nunca. Porque é que existem mais cabos para prender objetos? Porque é mais divertido. Porque é que temos acesso a explosivos ilimitados? Porque é divertido explodir coisas. Porque é que.... enfim, percebem a ideia. O grande objetivo da Avalanche Studios é criar um jogo ainda mais exagerado, cheio de ação e estupidamente divertido do que foi Just Cause 2, e se o conseguirem, Just Cause 3 pode ser algo especial.

O que mudou desde o último jogo? A localização é diferente, mas o tamanho será o mesmo - algo como 600 quilómetros quadrados de terra, mar, areia, aldeias, cidades e montanhas. A ação passa-se no arquipélago fictício de Medici, que vai oferecer mais oportunidades aos jogadores para aproveitarem as muitas capacidades de deslocação vertical ao serviço de Rico Rodriguez. A localização é nova para o jogador, mas não para o protagonista. Medici é a terra-natal de Rico, de onde foi obrigado a fugir há vários anos depois da sua família ter sido assassinada.

Arrancámos a nossa sessão com a demo de Just Cause 3 ao ritmo bombástico que a série nos habituou, empoleirados no topo de um avião a disparar mísseis para os tanques no solo. Logo a partir da sequência inicial (acompanhada por um remix de Firestarter dos Prodigy que é, ao mesmo tempo, similar e novo), a Avalanche não perde tempo para nos mostrar que tipo de jogo é Just Cause 3: barulhento, explosivo e divertido.

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Rico tem vários contactos no arquipélago, que conhecemos logo de seguida. Dimah e Mario são duas personagens sempre prontas para nos ajudarem nas nossas missões, mas também para servirem como comic relief. Não é subtil, o humor que vão encontrar em Just Cause 3, mas não resistimos a largar alguns sorrisos com os acontecimentos. O argumento é ridículo, louco e exagerado, mas só isso faria sentido com a extravagância que é tudo o resto no jogo.

Just Cause 3 segue uma história de vingança, com personagens interessantes e um vilão bem definido. Não vamos avançar com detalhes para já, mas ficámos interessados em saber o que vai acontecer de seguida. Gostem ou não da história e do argumento de Just Cause 3, a verdade é que isso acaba por ser secundário, porque a série nunca se guiou por esses elementos. Aqui o que conta é ação, explosões e manobras que desafiam (e quebram) as leis da física, enquanto ligam helicópteros a estações de gasolina com os cabos inquebráveis de Rico Rodriguez. Se o objetivo da Avalanche passava por criar o jogo em mundo aberto mais explosivo de sempre, está no bom caminho.

A arma com gancho, que deliciou os jogadores em Just Cause 2, regresa com algumas novidades. Agora, se pressionarem para a frente no analógico esquerdo quando prendem o gancho a um telhado, por exemplo, Rico vai executar um salto tremendo que lhe permite chegar mais longe ou mais alto. É agora muito fácil atravessar uma aldeia desta forma, ou aceder a locais mais vantajosos. Este gancho com cabos é muito mais do que um simples método de transporte. É também uma excelente ferramenta para prenderem objetos entre si. Como em Just Cause 2, podem prender personagens, edifícios e veículos. Praticamente tudo pode ser colado no mundo de Just Cause 3, agora até um máximo de quatro objetos em simultâneo, ao contrário dos dois do jogo anterior.

Com o gancho podem realizar algumas ações próximas do Homem-Aranha, para alcançarem pontos altos. Na demo, aproveitámos para trepar para o cimo de uma estátua, que de seguida decorámos com C4. A explosão resultante foi fantástica. Just Cause 3 não é um jogo preocupado com realismo. Isto é entretenimento de Blockbuster do mais ridículo possível. Seja com pistolas duplas ou metralhadoras automáticas, Rico Rodriguez consegue deslizar pelos inimigos como faca quente em manteiga (mas não sabemos qual era o grau de dificuldade). De forma muito resumida, Just Cause 3 é como um filme de James Bond passado num paraíso tropical e produzido por Michael Bay.

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Para se deslocarem no arquipélago de Medici têm várias opções à vossa disposição. Podem correr e utilizar o gancho, como já referimos, mas também existem helicópteros, aviões, barcos, carros e motas. Até podem usar paraquedas e um novo wingsuit, para voarem pelos céus de Medici. Requer alguma prática, mas se misturarem o gancho, o paraquedas e o wingsuit, podem atravessar grandes distâncias sem precisarem de um veículo. Rico Rodriguez é um verdadeiro super-agente, e todas as suas capacidades de navegação transmitem uma tremenda liberdade e sensação de poder ao jogador.

Just Cause 3 é também um jogo de grande qualidade gráfica. As cidades estão recheadas de vida, o fundo do mar é detalhado, e as áreas montanhosas criam algumas vistas de cortar a respiração. Mais impressionante é a escala da destruição, e toda a satisfação a isso inerente. Utilizar granadas e outro explosivos para rebentar com carros, bombas de gasolina e botijas de gás, é um espetáculo de fumo, chamas e objetos a voar que nunca se torna aborrecido.

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O arquipélago, como mencionámos em cima, é massivo, e está todo desbloqueado de início. Na teoria podem ir para onde quiserem, mas na prática não é bem assim. Muitas bases e localizações exigem um jogador e uma personagem mais preparada, que tenha evoluído e conquistado novos acessórios e armas. O que vimos nesta tarde com a Avalanche Studios, foi uma curta amostra do que o jogo vai apresentar, e mal podemos esperar para ver que mais conseguimos encontrar escondido neste enorme arquipélago tropical.

Just Cause conseguiu, com grande mérito, conquistar o seu próprio espaço entre o género de ação em mundo aberto. Foi evidente a evolução de Just Cause 2 em comparação com o original, e esperamos que este terceiro episódio continue a evoluir a série da mesma forma. Depois de algumas horas a destruir meio mundo, largámos o comando com alguma tristeza, porque sabemos que só voltaremos a regressar a Medici no início de dezembro.

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