Ao contrário do que as primeiras impressões sugeriam, o novo Hitman mostrou ter boas qualidades, e ficámos agradados com o potencial evidenciado pelo capítulo inaugural em Paris. A mudança para uma abordagem mais solta, em mapas abertos, pareceu-nos a melhor solução para um jogo como Hitman, e essa ideia foi reforçada por este segundo capítulo. Como já devem saber, a nova aventura do Agente 47 está dividida em episódios, e isso significa que a qualidade entre capítulos pode oscilar, como é o caso em Sapienza. Gostámos do primeiro episódio, em Paris, mas este segundo capítulo é definitivamente melhor.
A nova missão, World of Tomorrow, é possivelmente uma das nossas missões favoritas de Hitman. De qualquer Hitman. Tem tudo para se tornar num clássico entre os fãs, e oferece um contraste magnífico para os desafios do primeiro episódio.
A cidade de Sapienza é estupenda, e preferimos largamente o seu design inspirado à mansão que visitámos em Paris. É fascinante o detalhe a vida que a IO Interactive injetou neste canto de Itália, e uma boa parte do encanto deste segundo episódio deve-se a Sapienza. Se o primeiro impacto é positivo, foi só passadas algumas horas de jogo que começamos a perceber todo o potencial da cidade, enquanto explorávamos ruas, becos, escadas, e varandas - sempre à procura de oportunidades de jogabilidade. O jogo tem algumas ideias fantásticas, e oferece formas muito criativas para eliminarem os vossos alvos. Se são perfecionistas vão adorar repetir todo o conteúdo à procura de novas formas de cumprirem os objetivos.
A cidade em si é muito maior do que é necessário para os propósitos da missão principal, o que aponta para a intenção da IO Interactive aproveitar este espaço aberto no futuro, inserindo novos desafios e atividades durante as próximas semanas. Quanto à missão principal, pede ao Agente 47 que elimine dois alvos e destrua um terceiro objetivo - um vírus escondido num laboratório secreto.
Divertimos-nos imenso a explorar possibilidades, e a tentar definir o que iríamos fazer e como o iríamos fazer. A quantidade de rotas construídas no mapa mostram uma clareza de design impressionante, e vai certamente inspirar muitos jogadores a criarem os seus próprios objetivos. Aliás, convém referir que Paris tem neste momento muito mais conteúdo do que encontrámos aquando da análise inicial, e o mesmo vai certamente acontecer com Sapienza no futuro. É engraçado perceber como o jogo pode mudar em algumas semanas, depois de ser injetado com conteúdo novo dos jogadores e da produtora.
Gostámos do primeiro episódio de Hitman, mas na nossa opinião, Sapienza é claramente superior, mesmo que não seja perfeito. Esta abordagem episódica ao jogo não está a resultar na nossa opinião, pelo menos em termos narrativos, já que não sentimos qualquer ligação com a história. Também não gostámos de ter algumas ferramentas bloqueadas pelo nível do jogador, porque Hitman não nos parece o tipo de jogo ideal para provocar um sentimento de grind no jogador. E depois ainda temos os agoniantes loadings intermináveis, e a já infame inteligência artificial de Hitman.
São algumas falhas que temos de apontar, mas o saldo final é francamente positivo. Adorámos explorar a cidade de Sapienza e as muitas oportunidades que oferece. É um mundo flexível e variado, que vai puxar pela criatividade dos jogadores, e que promete manter o interesse até ao lançado do próximo episódio. Hitman teve um bom arranque com o primeiro capítulo, mas não prevíamos um melhoramento tão significativo.
Podem ler a nossa análise ao primeiro episódio aqui.