GOTY: As Melhores Bandas Sonoras Originais de 2015

A música é, desde sempre, uma ferramenta imprescindível num bom videojogo, capaz de reforçar sentimentos, a importância de um momento ou a intensidade de uma sequência de ação. Ao longo das décadas temos conhecido algumas obras memoráveis, mesmo quando a música nos era transmitida em meios muito mais arcaicos que hoje. Em 2015 voltámos a ser brindados com várias bandas sonoras de grande requinte, facilmente identificáveis mesmo quando ouvidas fora do contexto do videojogo. Em baixo destacamos cinco, mas podiam ter sido muitas mais.

5º Halo 5: Guardians
Compositor: Kazuma Jinnouchi
Plataformas: Xbox One

Quando a 343 Industries tomou a decisão de remover o compositor Marty O'Donnell de Halo, até aí responsável por todas as bandas sonoras da série, acabou por dividir imensos fãs. Foi contratado um novo compositor, Kazuma Jinnouchi, que trouxe naturalmente vários elementos originais à banda sonora, o que causou alguma estranheza aos ouvidos dos jogadores. A qualidade do seu trabalho, contudo, é inegável.

Kazuma Jinnouchi consegue cumprir a escala épica que se pede a um jogo como Halo, mantendo alguma da familiaridade do passado, mas com um elemento extra. A importância do Spartan Locke no novo jogo obrigou à criação de peças músicas que permitissem diferenciar Master Chief do seu perseguidor, um objetivo conseguido pelo compositor japonês. Halo 5: Guardians inclui uma banda sonora que olha para o futuro, respeitando o legado da série.

4º The Witcher 3: Wild Hunt
Compositores: Marcin Przybylowicz e Mikolai Stroinski
Plataformas: PC, PS4, Xbox One

The Witcher 3: Wild Hunt é um jogo estupendo a todos os níveis, incluindo na banda sonora. A sua inspiração e temática é muito recorrente nos videojogos, mas consegue ainda assim manter-se original. Ao longo dos anos tivemos a oportunidade de jogar muitos RPG de fantasia. Só o ano passado foram lançados The Elder Scrolls Online e Dragon Age: Inquisition, por exemplo.

Isso pode levar-nos a assumir que The Witcher 3: Wild Hunt tem uma banda sonora a seguir essas linhas, mas não é de todo o que se passa. Os dois compositores deste projeto criaram algo muito especial, diferente do tradicional, mas encaixa na perfeição com o espírito sério, sombrio e de certa forma europeu que distingue a experiência de Witcher 3. Mais um pouco de variedade seria fantástico, mas isso não invalida a excelência desta banda sonora.

3º Fallout 4
Compositor: Inon Zur
Plataformas: PC, PS4, Xbox One

Composta por 65 faixas (algumas licenciadas) e mais de três horas de música, pode dizer-se que a banda sonora de Fallout 4 é tão massiva como o próprio jogo que a Betheda criou. Inon Zur foi o compositor escolhido para embarcar na cruzada épica de criar música capaz de se ajustar às muitas variantes no mundo de Fallout 4, de temas épicos a músicas alegres, de sons sombrios a momentos de ação.

Tal como o jogo, a banda sonora é multifacetada, mas arranca com um tema principal que será familiar a qualquer fã da saga Fallout. Uma grande fatia, senão mesmo a maior parte, da experiência de jogo prende-se com a exploração do mundo, prolifero em oportunidades. A banda sonora faz um excelente trabalho de se ajustar a esses momentos e é um espelho perfeito do jogo, que abunda em quantidade, variedade e qualidade.

2º Ori and the Blind Forest
Compositor: Gareth Coker
Plataformas: Xbox One

A história de Ori é contada de forma simplista, mas genial, e consegue transmitir várias emoções com grande impacto. Um dos segredos para essa carga emocional vem precisamente da fantástica banda sonora, capar de reforçar os vários estados de espírito do pequeno protagonista que vão acompanhar nesta aventura.

O tema principal, Ori, Lost in the Storm, é particularmente memorável, contando com a participação de Aeralie Brighton para alguns arranjos vocais. Esse é no entanto o mote para uma banda sonora repleta de excelentes músicas, com um tipo de toque mágico que casa na perfeição com o estilo visual e narrativo de Ori and the Blind Forest.

1º StarCraft II: Legacy of the Void
Compositores: Jason Hayes, Mike Patti, Neal Acree e Glenn Stafford
Plataformas: PC

A história de Legacy of the Void é sobre um último confronto épico, a reunião das tropas para contrariar uma oposição quase invencível, e é isso que vão ouvir nesta banda sonora estrondosa. As características que distinguem os Protoss - avanço tecnológico, energia, misticismo e perca -, são elementos muito evidentes durante toda a banda sonora.

A Blizzard habituou-nos a bandas sonoras de grande qualidade, e Legacy of the Void não desiludiu, pelo contrário. O trabalho dos vários compositores que trabalharam nesta obra é de louvar a toda a escala, com inúmeras músicas memoráveis. Se apreciam este tipo de bandas sonoras épicas, vão adorar a de StarCraft II: Legacy of the Void.