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God of War

God of War

Um regresso inesperado, mas apreciado, de Kratos.

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Se a demo que a Sony mostrou durante a conferência de imprensa foi impressionante, o que vimos de God of War à porta fechada na E3 deixou-nos ainda mais entusiasmados com o projeto, sobretudo porque também conversámos com a Santa Monica Studios. Não sabemos quando será lançado, mas God of War é já um dos exclusivos PS4 que mais antecipamos.

O impacto da grande revelação durante a conferência foi inegável, não só pelo acompanhamento da orquestra ali montada, mas também pela primeira aparição de Kratos em conversa com o seu filho. Além desse impacto inicial, o que ficou depois foi a jogabilidade, e isso sim impressionou-nos sobremaneira. A mistura de um ambiente amplo e detalhado, com uma abordagem minimalista à interface, deixou-nos ainda mais conscientes de uma jogabilidade muito diferente do que vimos nos jogos anteriores.

Esta demonstração à porta fechada permitiu à Santa Monica Studio gastar mais algum tempo a mostrar o jogo, e explorar caminhos alternativos aos que vimos na conferência. God of War passa-se muitos anos depois de God of War 3, mas não esquece o passado da saga ou de Kratos. O que aconteceu entretanto é, para já, um mistério. Não sabemos o que é feito da mãe do rapaz (que é mesmo filho de Kratos), ou como terá provocado a ira dos deuses nórdicos, mas a Santa Monica Studio garante que a fúria de Kratos contra Zeus e os seus companheiros do Olimpo não foi esquecida.

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A mudança de direção para os deuses nórdicos (Odin, Loki, Thor...) parece-nos entusiasmante, não só porque permite a presença de novas criaturas místicas e lendas fantásticas, mas também devido ao contraste brutal entre a Grécia antiga e o novo ambiente escandinavo. Mas o novo God of War não é apenas diferente em termos de inspiração. O design, o estilo, e o comportamento das personagens parece mais realista e subtil. É sem dúvida uma experiência mais elegante.

Uma das muitas alterações em relação ao passado está na perspetiva de jogo. Os títulos anteriores utilizaram sempre ângulos fixos para a câmara, mas God of War vai implementar um sistema típico de ação na terceira pessoa. A câmara estará posicionada atrás de Kratos e será totalmente controlável pelo jogador. Quanto ao combate em si, também será mais íntimo que no passado, e não será tanto à base de combinações de golpes - as próprias armas de Kratos mudaram.

Não sabemos o que aconteceu às míticas lâminas acorrentadas de Kratos, que agora prefere carregar um poderoso machado. Esta foi a única arma que a Santa Monica Studio mostrou durante a demonstração, que embora tenha sido desenhada para combates corpo-a-corpo, pode ser arremessada na direção de um inimigo. Quando o machado é atirado e Kratos não tem acesso a outras armas, pode usar os seus punhos para arrumar com os oponentes. Um pormenor interessante é que Kratos pode invocar o machado quando quiser - inclusive largos minutos depois de o ter prendido. O machado vai ser encontrar o caminho de volta ao seu dono. A Santa Monica Studio também nos mostrou alguns dos ataques aéreos que podem executar com o machado, e que são espetaculares, algo que não mostraram durante a apresentação.

God of War sempre utilizou sequências de botões (QTE) nos seus jogos, e vão continuar a aparecer no novo jogo, embora de forma mais discreta. Um dos elementos mais impressionantes da demo - e do jogo - é que a câmara nunca vai mudar cortar o ângulo. Não existe uma transição brusca de uma perspetiva para a outra. Segundo nos informou a Santa Monica Studio, o jogo nunca corta o ângulo da câmara de princípio ao fim, seja em momentos de conversa, em grandes sequências de ação, ou em exploração. Um feito notável se realmente o conseguirem concretizar, e a julgar pela demo - que nunca corta - vão consegui-lo.

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Os jogos anteriores seguiam um percurso extremamente linear, intercalado com alguns segredos, puzzles, e momentos de plataformas. O novo jogo será um pouco mais amplo e vai apresentar caminhos alternativos para os jogadores explorarem, mas não será um jogo em mundo aberto. Se ficaram com essa impressão pela demo, não é realmente o que se passa.

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Outro elemento novo muito importante é naturalmente a criança. Como foi confirmado recentemente, o filho de Kratos será ligeiramente controlável no jogo - embora não diretamente. Um dos botões do comando vai permitir chamar a atenção do filho de Kratos, que irá disparar flechas contra o alvo do seu pai. Vários elementos de ambos podem evoluir ao longo do jogo, conforme ganham experiência com as ações que tomam durante a aventura.

Foi uma revelação surpreendente de God of War, e embora esta apresentação à porta fechada tenha permitido esclarecer alguns pontos, temos a clara impressão de que a Santa Monica Studios ainda tem muitos segredos na manga. Do que vimos, God of War parece um jogo mais moderno, sofisticado, e até interessante do que no passado. Tecnicamente impressionante, este exclusivo PlayStation 4 promete ser um dos títulos mais importantes da consola para os próximos anos.

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