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Final Fantasy XIV: A Realm Reborn

Final Fantasy XIV: A Realm Reborn - Entrevista

Final Fantasy XIV começou a sua nova vida e nada melhor que uma entrevista com o produtor para celebrar o relançamento.

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Final Fantasy XIV: A Realm Reborn
Naoki Yoshida, produtor e diretor de Final Fantasy XIV: A Realm Reborn

Depois de uma primeira fase muito atribulada, aquando do lançamento original em 2010, Final Fantasy XIV tenta agora ressuscitar com o subtítulo A Realm Reborn. A nova versão do jogo já está disponível para PC e PS3, e nada melhor que o próprio produtor e diretor para nos explicar o que mudou no MMO da Square-Enix.

Afirmaram que escutaram a comunidade do jogo enquanto produziam A Realm Reborn. Pode dar-nos alguns exemplos concretos do que mudou devido ao feedback?

Por exemplo, na versão original optámos por dividir o mundo do jogo em áreas fechadas (Instances), até devido ao facto de termos de considerar a versão de PlayStation 3.

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No entanto, isto resultou em críticas bastante claras por parte dos jogadores, que afirmaram não estarem exitados pelo facto do mundo ser muito semelhante de área para área. Por este motivo decidimos redesenhar todos os mapas, não só em termos de estrutura, mas na arte. Todas as áreas foram refeitas para A Realm Reborn. A um nível mais subtil, também recebemos com atenção todo o feedback relativo a funções como a interface e a ordem em que as habilidades de cada classe são disponibilizadas, por exemplo. Executámos um extensivo afinamento deste tipo de pormenores.

Parece existir muito conteúdo dedicado as fãs da série (Fan Service) em A Realm Reborn, mais do que em qualquer outro Final Fantasy. Isto limitou-vos de alguma forma?

Penso que não é esse o caso. Para mim, "Fan Service" é algo que só é implementado mais tarde, depois de existir uma base sólida de jogabilidade, capaz de proporcionar uma experiência excitante e original. Pensamos que "Fan Service" deve ser isso mesmo, uma espécie de serviço adicional e não uma parte nuclear do jogo. Por exemplo, a maior parte dos MMORPG tem algum tipo de montada.

Em FFXIV as vossas montadas [ndr: os clássicos Chocobos] serão muito mais do que um simples meio de transporte, já que podem interagir com eles mesmo que não estejam montados, cuidando deles ou até lutando ao seu lado em batalhas. Isto é uma das experiências únicas e originais que vão encontrar no jogo.

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Ou seja, no topo deste sistema de montadas, adicionámos algo que pode ser categorizado como "Fan Service", como as armaduras Magitek de FFXVI.

Desta forma asseguramos que o jogo oferece em primeiro lugar uma experiência única e só depois disso introduzimos vários elementos do universo Final Fantasy que podem ser interpretados como serviço para os fãs.

Final Fantasy XIV: A Realm Reborn

Será difícil para quem nunca jogou Final Fantasy XIV começar a jogar A Realm Reborn?

Não é necessário preocuparem-se com isso! A história para A Realm Reborn é totalmente nova. É óbvio que algumas palavras-chave da mitologia vão transitar do original, já que tudo decorre no mundo de Eorzea e no mesmo período de tempo. De qualquer forma, estamos apenas a falar da história que serve de introdução e tanto os jogadores antigos, como os novos, vão começar a experiência a partir do mesmo ponto e nas mesmas condições.

A Realm Reborn é evidentemente um RPG japonês. Como pretendem atrair os jogadores mais habituados aos MMORPG ocidentais?

Em primeiro lugar queremos seduzir os fãs da série Final Fantasy que existem pelo mundo inteiro. Tentámos realizar esforços especiais ao nível do grafismo e da composição da história. Também estamos a ter cuidado na forma como a narrativa se desenvolve, que no passado era em partes orientada para um público jovem, algo que procurámos mudar. Além disto também nos certificámos que incluíamos as experiências e funções que são expectáveis no oeste de forma natural e integral em A Realm Reborn. Dito isto, espero que os jogadores possam experienciar e apreciar a riqueza única do mundo japonês de Final Fantasy.

Final Fantasy XIV: A Realm Reborn

Acha que A Realm Reborn poderá eventualmente adotar o modelo free-to-play, recorrendo às micro-transações, ou acha que isso não é adequado a Final Fantasy?

De momento não temos planos para tentar o modelo free-to-play com A Realm Reborn. Temos consciência de que atualmente existe grande discussão sobre qual é o melhor modelo para os MMO, mas pessoalmente penso que, se queremos atualizar o jogo com conteúdo de forma regular, então precisamos de manter a estabilidade na equipa de produção. Um modelo de subscrições pagas acaba por ser mais prático para essa filosofia.

Os dois formatos acabam por se adequar a estilos e filosofias de jogo diferentes e desejo que A Realm Reborn arranque debaixo do modelo de negócio ideal. Dito isto, não julgo que o sistema das micro-transações seja necessariamente algo de negativo e olho para esse modelo de forma objetiva, onde as produtoras decidem o valor dos itens ou dos serviços oferecidos. Cabe depois aos jogadores decidir se vale a pena gastar dinheiro nisso ou não.

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