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Elden Ring - Impressões de Jogabilidade

Passámos algumas horas com o teste técnico de Elden Ring, e isto foi o que descobrimos.

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Os jogos da FromSoftware apresentam quase sempre enormes mundos interligados entre si, mas nunca realmente mundos abertos com grandes áreas para explorar. Isso vai mudar com Elden Ring, um novo jogo original que pega em vários elementos dos jogos Souls e os aplica num nundo negro de fantasia aberto à exploração do jogado. Foi isso mesmo que fizemos num teste técnico recente, que nos permitiu ter uma ideia mais concreta do que podemos esperar deste Elden Ring.

A sua essência é a de um 'Souls'

A nível superficial pouco mudou no que diz respeito ao sistema de combate. Terá de ter cuidado a combater, de forma a ler os movimentos dos adversários até encontrar o momento certo para atacar. Pode defender-se, desviar-se de ataques, utilizar várias armas e acessórios, e até aceder a algumas habilidades especiais. O número de habilidades ativas é limitado, mas pode trocá-las nos Site of Grace, que são o equivalente às fogueiras de Dark Souls.

Esta demo em específico incluía cinco personagens pré-criadas que podíamos escolher, cada uma delas desenhada para corresponder a uma 'classe' diferente. São meros exemplos de como pode definir e afinar o seu estilo de jogo, embora a versão final ofereça total liberdade para evoluir a sua personagem como bem entender.

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Pode focar-se simplesmente numa personagem para combates físicos, mas pelo que vimos neste teste, será um grande erro ignorar magia. Os Souls sempre tiveram magia, mas parece-nos que essa componente do combate foi expandida de forma significativa em Elden Ring. Inicialmente tentámos derrotar um boss simplesmente utilizando ataques físicos, mas fomos dizimados. Mais tarde, equipados com magia e a habilidade para invocar espíritos que combatem ao nosso lado, desfizemos o boss sem problemas. Em parte disso deveu-se à resposta medíocre da inteligência artificial aos nossos ataques, e esperamos que até ao lançamento isso possa ser revisto pela From Software.

Jogabilidade online será também uma componente que os jogadores podem explorar, tal como nos Souls. À semelhança dos jogos anteriores, vai precisar de itens específicos para participar nas várias atividades online - seja co-op ou PvP -, mas Elden Ring apresenta sistemas e explicações bem mais claras de como o online funciona. Até ao momento ainda não testámos realmente a jogabilidade online, mas estamos curiosos para perceber como as invasões e o co-op funcionará num contexto de mundo aberto.

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Um mundo aberto para explorar

Elden Ring terá também novas mecânicas de jogabilidade além do combate, sobretudo associadas à estrutura em mundo aberto. Por exemplo, agora existem recursos espalhados pelo mapa que pode apanhar, incluindo frutas, plantas, borboletas, e animais selvagens. Com estes recursos pode criar flechas, poções, e bombas, entre outros acessórios e itens. Também terá acesso a uma bússola e a um mapa, que indicam a localização de vários pontos de interesse, incluindo os Site of Grace (pode fazer viagens rápidas), e o seu corpo.

Sim, porque Elden Ring funciona muito como os outros jogos da From Software neste sentido. Quando morre tem uma escolha para fazer: pode ressuscitar no último SIte of Grace que visitou, ou no Stakes of Marika mais próximo, que são uma espécie de sistema de checkpoints. Depois disso é Souls clássico, no sentido em que os inimigos regulares também ressuscitam, e terá de chegar ao local da sua morte para recuperar as runas (almas). Morra pelo caminho antes de conseguir fazer isso e irá perder as runas da morte anterior. Souls clássico, portanto.

O mapa está também preenchido de pontos de interesse, incluindo ruínas e acampamentos inimigos. Como o mundo é mais aberto, isto significa que terá mais escolha na forma como pode abordar um acampamento inimigo, por exemplo, incluindo através de táticas furtivas. Muitas das mecânicas furtivas foram retiradas de Sekiro: Shadows Die Twice, o que significa que pode caminhar agachado e esconder-se entre relva alta. Com cuidado e acesso às ferramentas certas, pode 'limpar' um acampamento inimigo sem ser visto. Ou seja, Elden Ring é como um misto das mecânicas de Dark Souls com as mecânicas de Sekiro, e parece funcionar bastante bem de forma geral.

Ao explorar o mapa irá encontrar localizações opcionais que pode explorar, como cavernas e masmorras. Estes locais funcionam muito como as masmorras Chalice de Bloodborne, no sentido em que são localizações genéricas e pequenas, onde pode encontrar alguns inimigos, um mini-boss, e algum loot. Por exemplo, numa masmorra encontrámos uma poção que pode garantir diferentes efeitos, dependendo dos ingredientes que acrescentarmos. Noutra encontrámos um item chamado Ashes of War, que pode ser adicionado a uma arma para lhe garantir uma nova habilidade. Embora não sejam obrigatórias, parece evidente que explorar estas masmorras pode trazer grandes vantagens, e deixá-lo melhor preparado para os perigos que possa encontrar mais à frente.

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Torrent será o seu melhor amigo em Elden Ring

Como o mundo de Elden Ring é muito mais vasto e aberto que os jogos anteriores da From Software, o jogador não pode simplesmente caminhar pelo mapa. Vai precisar de um meio de navegação mais rápido, que surge na forma do cavalo espiritual Torrent. Além de ser veloz, Torrent é também bastante ágil, e até consegue dar saltos duplos, garantindo acesso a áreas que o protagonista não consegue chegar.

Confessamos que a implementação do cavalo funciona muito melhor em Elden Ring do que esperávamos. Por exemplo, pode apanhar recursos e combater inimigos enquanto está montado, usar feitiços, e até aceder ao inventário. Torrent tem no entanto a sua própria barra de vida (apesar de ser um espírito), e se morrer terá de sacrificar um frasco de saúde para o ressuscitar. Caso aborde inimigos de forma perigosa enquanto está montado, Torrent pode também decidir atirá-lo ao chão e fugir, pelo que convém ter cuidado com as suas abordagens.

Problemas técnicos foram os piores inimigos

Este teste técnico não serviu apenas para jornalistas e jogadores experimentarem Elden Ring, mas também para a From Software recolher feedback e observar eventuais problemas - e existem muitos. Mesmo a jogar na PS5 encontrámos várias falhas técnicos, como momentos em que a imagem parava durante alguns segundos embora a jogabilidade continuasse, resultando na nossa morte. A framerate também precisa claramente de ser otimizada, e existem vários pequenos "bugs" que têm de ser resolvidos. E isto a jogar na PS5 - temos algum receio de como estarão as versões PS4 e Xbox One. Felizmente ainda faltam mais de três meses para o lançamento, o que significa que ainda existe tempo para a From Software afinar a experiência de jogo.

Estávamos um pouco apreensivos com esta passagem para um mundo aberto, já que o design dos níveis é um dos pontos mais fortes da From Software, mas depois de termos passado perto de dez horas com esta versão, estamos bem mais confiantes em Elden Ring. E claro, continuamos muito curiosos em relação à história e às personagens, até para percebermos de que foram o trabalho de George R.R. Martin influenciou a abordagem narrativa do estúdio. Mas de forma geral, estamos mais entusiasmados que nunca pelo lançamento de Elden Ring.

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