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Dreams

Dreams

Um projeto ambicioso, mas ainda algo confuso, dos criadores de LittleBigPlanet.

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Dreams foi simultaneamente uma das demonstrações mais entusiasmantes, confusas e frustrantes da conferência da Sony durante o Lisboa Games Week, e essas emoções só foram intensificadas depois da exibição à porta fechada que presenciámos. Alex Evans e Mark Healev, da Media Molecule (que para quem não sabe, é o estúdio que criou LittleBigPlanet), mostraram aos jornalistas uma amostra do que o seu novo projeto pode fazer, e como será possível criar sonhos em Dreams.

Aviso: Depois deste texto, é possível que fiquem com mais dúvidas do que respostas.

À semelhança do que aconteceu na demonstração da conferência, a demo à porta fechada arranca com a mesma criatura, uma luz que guiará o jogador através de um sonho lúcido. O seu propósito é precisamente o de facilitar a vida do jogador. Podem mover a pequena criatura de várias formas, seja com os controladores Move, os analógicos do DualShock 4, ou até o seu sensor de movimentos. Visto de fora, sem experimentar, parece bastante intuitivo, sobretudo porque as ferramentas de criação não estão escondidas em menus, mas bem visíveis no ecrã. A nova demonstração arranca com a mesma figura tipo urso que vimos no palco, e o seu movimento continua tão trapalhão como anteriormente. Segundo os produtores, existem vários padrões de movimento que podem definir para as personagens.

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Durante a demo do palco, a Media Molecule presenteou-nos com um sonho já construído (que podem ver nos vídeos desta página), mas durante a apresentação à porta fechada, preferiram mostrar como será possível criar um sonho, seja a partir de materiais já produzidos, ou de algo criado de raiz. Kareem Ettouney pegou em dois controladores Move e começou a criar a cabeça de um urso de peluche, simplesmente através de manipulação e escultura.

Também nos foi revelado que o motor de jogo foi o elemento mais trabalho pela Medial Molecule até ao momento, já terá de ser capaz de correr de forma fluída mesmo quando estiveram vários jogadores a trabalhar no mesmo sonho através do modo online. Quanto terminou a construção da cabeça do urso, Ettouney coloca-a em cima de um conjunto de pedras, com pequenas naves a circular a sua cabeça. A apresentação rapidamente se tornou num momento de boa disposição, mas embora divertido, isso não nos informou do que Dreams tem para oferecer como jogo.

A produtora referiu-se a toda a sequência como uma "fantástica cutscene, o que está perto da verdade. Ao iniciarem a gravação, passam a dirigir a vossa própria sequência, enquanto movem objetos no sonho. Isto deixa-nos um pouco preocupados, que a Media Molecule se foque tanto nos aspetos cinemáticos de Dreams, com secções que não requerem qualquer tipo de interação além da criação dos objetos em si. Durante a demonstração também percebemos que a Media Molecule considera ser muito divertida a criação de cenários, personagens e sequências, mas não temos a certeza do quão interativas serão.

Os jogadores menos criativos ou com menos tempo, também podem realizar estas sequências de Dreams através de uma base de dados enorme com objetos já criados. A ideia é que essa base de dados cresça ainda mais com as criações dos jogadores. Se procurarem por "árvore" ou "carro", vão encontrar várias soluções rapidamente, que depois podem redesenhar e adaptar como quiserem ao vosso sonho. Um dos carros que a Media Molecule nos mostrou até tinha "capacidades de condução", o que reforça a ideia de que será possível conduzir dentro de Dreams, embora a produtora não tenha respondido quando um outro jornalista perguntou de que forma é possível acionar capacidades de condução num objeto.

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Eventualmente a cabeça do urso tornou-se numa vista imponente, com dezenas de árvores roxas à sua volta que formavam uma pequena floresta. A introdução de várias esculturas, objetos e arte, só veio reforçar a ideia de que Dreams é suportado por tecnologia impressionante. Tudo isto foi criado à frente dos nossos olhos sem a ajuda de materiais pré-definidos, o que realmente é impressionante. Nesse aspeto, Dreams parece que vai cumprir: os jogadores serão mesmo capazes de criar e moldar os seus "sonhos" com grande detalhe.

Existem muitas dúvidas relacionadas com Dreams, mas a mais imponente prende-se com a sua natureza enquanto jogo. Será até justo classificá-lo como um? A pequena parte que tivemos a oportunidade de jogar, era essencialmente a mesma que viram durante a conferência da Sony. Dreams é um projeto muito ambicioso e original, que parece ter tudo o que os jogadores vão precisar para dar aso à sua imaginação. Mas será só isso? E se for, será suficiente? Neste momento, Dreams pode ser tudo entre um projeto pouco mais do que engraçado, ou um jogo capaz de conquistar os corações dos jogadores. Só o tempo dirá onde em que posição ficará da escala.

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