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Battleborn

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Viajámos até à última estrela do universo para alguma ação explosiva na primeira pessoa.

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Battleborn é inequivocamente um jogo da Gearbox. Estivemos recentemente nos estúdios da produtora para experimentar o seu novo projeto, mas os primeiros minutos de jogo podiam ter passado facilmente como um novo Borderlands. Vários momentos desta demo, como ter uma voz robótica a sussurrar ao nosso ouvido, ou enfrentar uma aranha gigante feita de metal chamada Jeff, transportaram-nos de novo para Pandora, mesmo que oficialmente não exista qualquer ligação entre Battleborn e Borderlands. É no entanto evidente, pelo estilo visual e até o tom de todo o jogo, de que se trata da mesma produtora.

Enquanto passávamos uma missão da campanha cooperativa, intitulada como Algorithm, fomos conhecendo um pouco melhor a história através dos comentários de uma inteligência artificial arrogante, a lembrar o eterno Claptrap de Borderlands. Esta IA tem um objetivo muito específico, que passa por "reiniciar" o universo, já que está convencido de que é tudo uma simulação que nunca mais acaba, e que a única forma de reverter o problema é mesmo reiniciando o universo. É uma parvoíce, mas é o tipo de parvoíce que os fãs da Gearbox vão adorar.

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O arco principal da história também não é menos ridículo. Em Battleborn o universo está a morrer, e agora já só resta uma única estrela, mas um grupo de alienígenas pretende acelerar o processo e provocar o vazio absoluto. Isto forçou a união das espécies sobreviventes, que se reuniram em torno desta última estrela para combaterem as forças do mal. Este é o argumento que alimenta Battleborn, um jogo que a Gearbox descreveu com três pilares: Personagens, história e multijogador.

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Battleborn vai incluir vinte personagens jogáveis, embora apenas 15 estivessem disponíveis na demo que experimentámos. Mesmo assim, a seleção da demo já mostrou que o leque de opções será interessante e variado. Aliás, existe uma diferenciação tão evidente entre as personagens, que equilibrar tudo isto em termos de jogabilidade deve ser um pesadelo para a Gearbox. Experimentámos personagens de vários tipos e ficámos com a ideia de que vai mesmo existir algo para todos os estilos de jogo, embora tenhamos gostado mais de umas personagens do que outras.

Durante a missão de história, que pareceu um misto entre o modo cooperativo de Borderlands 2 e os Strikes de Destiny, pareceu-nos ser menos relevante a escolha da personagem. Para o modo online, acabámos por nos dar melhor com ataques à distância, em vez de confrontos mais próximos. Battleborn também vai buscar inspiração ao género MOBA, permitindo que os jogadores evoluam com cada missão ou partida.

Sempre que sobem de nível, até um máximo de 10, ganham a opção de escolher que habilidade ou característica preferem evoluir. Também estará presente um sistema de mutações que esta versão do jogo não suportava, e que apresentará uma terceira opção ao jogador sempre que sobe de nível. Ao chegarem a nível 5, cada personagem ganha uma nova habilidade poderosa, o que significa que cada herói pode usar até três habilidades com limite de tempo, além dos ataques base.

Segundo a Gearbox, o processo de subir o nível da personagem não envolve apenas um avanço estatístico, já que existem mudanças determinantes nas personagens. Só experimentámos um punhado dos lutadores disponíveis, pelo que é difícil determinar quantas habilidades acrescentam de facto mudanças significativas, ou quantas são meros melhoramentos de algo que já existe. O que podemos garantir é que, durante cada partida, os jogadores terão de tomar decisões que podem determinar o resultado final, como comprovámos durante os dois modos - de três - que a Gearbox anunciou para o online.

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Capture propõe exatamente o que o nome implica. Existem três pontos de captura que devem ser contestados pelas duas equipas, à semelhança de tantas variantes que vimos noutros jogos. O que fez a diferença em Battleborn foi o sistema de evolução e as particularidades das personagens, que acrescentam uma camada de originalidade às mecânicas base de ação na primeira pessoa. Meltdown foi uma proposta diferente, mais em linha com o que conhecemos do género MOBA que parece inspirar Battleborn. O mapa que experimentámos era longo, e pediu às duas equipas que escoltassem um grupo de personagens controladas pela inteligência artificial. O outro objetivo envolvia naturalmente eliminar a IA do grupo adversário. Existe um terceiro modo, Incursion, que parece envolver a destruição das armas estacionárias da equipa adversária, mas o modo não estava disponível para experimentação.

Battleborn também tem um sistema de Shards muito interessante. Vão apanhar várias enquanto jogam, que podem usar para acionar itens que escolham carregar para a batalha. Vão ganhar vários Gear Packs, que incluem diversos itens que oferecem vantagens e melhoramentos. Também podem criar vários conjuntos de itens, para tipos de batalhas específicas, mais indicados para defesa ou ataque, por exemplo. Quando e de que forma acionam estes itens, com as Shards que apanham, pode determinar o vosso comportamento e sucesso ao longo da batalha.

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Além dos óbvios paralelismos com Borderlands, Battleborn também partilha um contexto semelhante ao de Destiny. Enquanto o jogo da Bungie pegou no género MMO, mais associado ao PC, e adaptou-o às consolas de forma acessível, Battleborn parece querer fazer o mesmo com o género MOBA. De forma muito rudimentar, podem olhar para os dois jogos da seguinte forma: Halo + World of Warcraft = Destiny. Borderlands + Dota = Battleborn.

Uma das grandes questões que se colocam a Battleborn, é se irá conseguir afirmar-se no género dos jogos de ação na primeira pessoa da mesma forma que Borderlands o conseguiu. A base já lá está, personalidade não lhe falta, e a seleção de personagens parece-nos muito interessante. O facto de não existirem micro-transações é outro fator bastante encorajador. Mas isto não será suficiente a médio e longo prazo. É preciso ver como se irão portar os servidores, de que forma a Gearbox irá alimentar o jogo no futuro, e se as várias personagens e habilidades conseguem manter-se equilibradas.

Estes fatores só podem ser devidamente analisados depois do lançamento do jogo, mas o que jogámos desta vez agradou-nos. Ainda temos muito que descobrir, em termos de opções e variantes de jogo, personagens e até modos. Também estamos curiosos para acompanhar as missões de história, que podem ser interessantes para quem prefere jogabilidade cooperativa à ferocidade do modo competitivo. Em suma, se a Gearbox conseguir equilibrar o jogo, Battleborn pode ser uma adição muito interessante nas consolas.

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ANÁLISE. Escrito por Jonas Mäki

Uma mistura de ação na primeira pessoa, mecânicas estilo MOBA, e algum humor, dos criadores de Borderlands.



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