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Batman: Arkham Origins

Batman: Arkham Origins

Temíamos que fosse apenas mais do mesmo, mas o Cavaleiro das Trevas surpreendeu-nos.

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Batman: Arkham Origins é o terceiro jogo da saga, mas os eventos que relata passam-se antes do que vimos em Arkham Asylum, ou seja, trata-se de uma prequela dos dois capítulos anteriores (o que justifica o subtítulo Origins). E como tal, vamos encontrar um Batman mais inexperiente, que apenas veste o manto há sensivelmente um ano.

Vai ser interessante jogar com uma versão do Batman tão desprotegida e independente. Diríamos mesmo, solitária. Nem sequer pode contar com ajuda da polícia, nem tao pouco do Comissario Gordon (que nesta altura ainda encara com mau olhar a existência de um vigilante mascarado). Como tal, também não existe ainda a Oracle, a filha de Gordon que auxilia Batman via comunicação em Asylum e City. O único aliado, e de forma relativa, que vão encontrar é Alfred.

Mais, nesta altura Batman ainda não defrontou os seus maiores inimigos, algo que acontece pela primeira vez no jogo. O Máscara Negra colocou uma recompensa pela cabeça do Cavaleiro das Trevas, a rondar os 50 milhões de dólares. Isto provoca duas reações: uma caça ao homem que inclui praticamente todos os malfeitores de Gotham City e o caos resultante nas próprias ruas, que Batman terá de tentar minimizar. A situação agrava-se devido ao facto da polícia olhar para Batman como um vilão ele próprio e também vão tentar parar o herói.

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Mas nem tudo está contra Batman. Pela primeira vez na série terão a oportunidade de visitar e explorar a Batcave (a verdadeira, não a mini-versão de Asylum). Será um local escuro e privado, recheada de surpresas e segredos para os fãs mais dedicados. Podem aceder às várias engenhocas de Batman, utilizar a sua tecnologia de topo e até procurar peças de um veículo para montar...

Na Batcave terão também acesso ao sempre fiel, mas resmungão, Alfred, o famoso mordomo de Bruce Wayne. Como o jogo decorre na véspera de Natal, Alfred preferia estar a preparar o típico peru que os americanos tanto gostam, em vez de ajudar Batman a participar nesta loucura de caça ao homem. Outras funções extras da Batcave incluem o armário e um ginásio de treino.

Com um guarda-roupa de fazer inveja a Lighting de Final Fantasy XIII, o jogador pode aceder a vários fatos de Batman. Desde alguns modelos mais modernos aos primórdios da banda-desenhada, passando por algumas versões mais... alternativas do Cavaleiros das Trevas. Existe de tudo um pouco para entreter os fãs. Quanto de isto é desbloqueado no jogo em si e quanto terá de ser comprado digitalmente, não sabemos.

Quanto ao ginásio de treino, serve precisamente para isso, para treinar habilidades, ganhar pontos de experiência extra e até desbloquear alguns troféus. Embora esteja presente na Batcave, podem aceder ao ginásio a partir de qualquer ponto da cidade, acedendo ao menu de pausa do jogo.

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A caverna parece excelente, mas eventualmente terão de partir para Gotham, uma cidade que é o dobro da área de Arkham City e que sinceramente não parece querer ser protegida. No jogo anterior todos os vilões pareciam ser velhos conhecidos de Batman, mas a situação será muito diferente em Origins. Vão ver muitas caras conhecidas do jogador, mas que neste momento da história são desconhecidas para Batman.

Como já referimos, uma dessas personagens é o comissário Gordon, que vão aceder a partir do prédio da GCPD. Gordon (que neste momento ainda não é comissário) ordena aos seus homens para atacarem Batman, que terá de utilizar táticas furtivas para neutralizar os oponentes da força policial. Esperem alguns piscares de olho ao livro Ano Um, considerado um dos melhores de Batman.

Ultrapassada a sequência com Gordon, encontramos Pinguim, num dos seus navios de contrabando, mas o encontro dura pouco tempo, quando Deathstroke decide intervir. Isto permite rever o sistema de combate, que continua a surpreender pela fluidez de animações. Vão encontrar algumas novidades, como a possibilidade de os inimigos agora responderem aos contra-ataques, o que vai obrigar a atenção redobrada por parte dos jogadores.

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Uma enorme cidade de Gotham para o jogador explorar, um sistema de combate magnífico, várias engenhocas novas para experimentar, vilões conhecidos e uma Batcave para visitar. Arkham Origins parece ter tudo o que os fãs podiam desejar... e um pouco mais.

Uma das missões do jogo surge por cortesia do Chapeleiro Louco, que vai causar alucinações a Batman (começa a ser um clássico da série Arkham). O objetivo da missão passa por resgatar uma Alice real, atravessando um País das Maravilhas completamente psicadélico, surreal e letal.

Encontrámos portas falsas, quadros "vivos", espelhos mágicos, inimigos que parecem reais mas que explodem em muitos papelinhos... tudo para tentar esmagar o espírito do Cavaleiro das Trevas. Neste formato o jogo adota um estilo mais clássico de plataformas e puzzles, brindado com rios de ácido, chávenas gigantes e outros adornos semelhantes. Este é apenas um exemplo, mas vão existir mais surpresas no jogo final.

Não estávamos particularmente céticos em relação a Batman: Arkham Origins, mas depois de dois jogos, pensávamos que sabíamos exatamente o que iríamos encontrar. O facto de Ano Um e Piada Mortal, dois excelentes livros do Cavaleiro das Trevas, servirem de inspiração é também motivo para ficar entusiasmado. O jogo surpreendeu-nos e 25 de outubro passou a ser o nosso dia mais esperado do mês.

Outra novidade de Batman: Arkham Origins é o novo modo multijogador, que podem conhecer em detalhe aqui.

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ANÁLISE. Escrito por Ricardo C. Esteves

Nota-se a ausência da Rocksteady como produtora principal, mas ainda assim, Origins é uma boa aventura de Batman.



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