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Batman: Arkham Knight

Batman: Arkham Knight

Primeiro, as más notícias: este é o último jogo da série Arkham produzido pela Rocksteady.

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Atenção, este texto inclui SPOILERS para quem não jogou Batman: Arkham City. Estão avisados!

A boa notícia? A Rocksteady quer despedir-se em grande.

Passou-se um ano desde os eventos de Arkham City. O Joker morreu e Gotham há muito tempo que não conhecia um período de paz tão duradouro. Batman está na melhor forma da sua vida; algo que será crucial para enfrentar a maior união de vilões que a cidade já viu. É a derradeira tentativa de derrubar o Cavaleiro das Trevas, um último esforço unido para acabar com aquela que sempre foi uma ameaça vigilante para as suas atividades criminosas. Scarecrow colocou um plano em marcha, que pretende libertar gás venenoso por toda a cidade, obrigando à evacuação da cidade (embora ainda existam alguns cidadãos que não foram evacuados). Mas há mais. Two-Face, Penguin, Riddler e até Harley Quinn, têm todos planos próprios para eliminar Batman. Vai ser uma longa noite.

"Batman: Arkham Knight será o último capítulo da trilogia concebida pela Rocksteady", como o próprio diretor do jogo, Sefton Hill, o refere. Aparentemente, as bases para a história de City e de Knight começaram a ser pensadas ainda durante a produção do Arkham Asylum original. Na opinião dos produtores, o principal motivo para não existir uma maior união dos vilões quanto a esta ameaça comum - Batman - devia-se à interferência de Joker. Agora que o grande vilão não entra na equação, o que pode acontecer? Arkham Knight explora essa ideia.

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Para quem ainda tem dúvidas de que este seja um Arkham "real", podemos assegurar-vos de que é. Todos os indivíduos que contribuíram para a excelência de Asylum e City estão de volta, desde o departamento de arte, aos produtores, sem esquecer os atores.

AS VOZES POR TRÁS DAS MÁSCARAS

Batman: Arkham Knight

Kevin Conroy regressa como Batman, Nolan North é o Penguin, Troy Baker (depois da excelente participação como Joker em Origins) volta a ser o Two-Face e Wally Wingert é o The Riddler. Harley Quinn? Será representada novamente por Tara Strong. Estes são os atores - e as personagens - que conseguimos confirmar até agora, mas vão existir mais. Algumas pontas soltas de Arkham City, por exemplo, como o assassino que rouba caras, Hush, e o misterioso Azrael, serão também concluídas.

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Também não sabemos se outros vilões, como Killer Croc, Bane, Mr. Freeze e Poison Ivy, vão aparecer. Nem sequer sabemos se Catwoman vai regressar ou não. Quando questionámos o produtor sobre tudo isto, só recebemos um comprometedor sorriso e o habitual "não posso falar disso neste momento."

Pelo menos descobrimos que Batman aprendeu alguns truques novos, nesta sua transição para a nova geração. E bem precisa, porque o mundo de jogo também cresceu. A versão de Gotham em Arkham Knight é quase seis vezes o tamanho de Arkham City e foi tudo construído de início - ao contrário de Origins, a Rocksteady decidiu não reciclar conteúdo dos antecessores. A cidade não é simplesmente maior, mas tem também mais espaço e permite uma navegação mais eficaz de Batman. O herói também consegue planar durante mais tempo, devido a melhorias do seu equipamento.

Uma das várias queixas em relação a Origins é que existiam vários edifícios que não podiam ser escalados pelo jogador, algo que não se vai repetir em Knight. Se conseguirem alcançar uma estrutura, poderão trepá-la até ao topo. E há mais, agora existem arranha-céus na cidade que podem trepar e que são três vezes maiores que o maior prédio de Origins. Isto permite ter uma boa noção da verticalidade melhorada do jogo.

MAIOR, MELHOR, MAIS FORTE

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Quanto ao combate, o arsenal de Batman foi expandido consideravelmente. A Rocksteady mostrou-nos uma secção que exemplifica algumas formas diferentes como poderão utilizar os acessórios de Batman, atirando Batarangs a três inimigos ainda no ar antes de aterrar com as botas na cara de um quarto. Agora também consegue tirar os bastões dos inimigos e usá-los contra eles.

No lado mais furtivo da ação, agora vão conseguir entrar com maior rapidez em condutas de ar, para se esconderem. Também existe uma nova forma de abater os inimigos, apelidada de Fear Takedown, que permitirá derrubar até três inimigos com um único ataque, desde que estejam próximos e ainda não tenham sido vistos.

Graficamente, a evolução é evidente, comparando com os títulos anteriores. Gotham não é simplesmente maior, mas vastamente mais detalhada, colorida, e honestamente, mais bonita. Os neons, as luzes da rua, os cartazes publicitários - até as bocas de incêndio e os caixotes de lixo, tudo tem um aspeto fantástico. Os edifícios são muito maiores e até existem carris de um monotrilho a circular a cidade, como é já marca de Gotham.

Vão encontrar de tudo, desde zonas comerciais a portos escuros, e tudo pareceu ter um detalhe impressionante durante a demonstração. É por este motivo que Arkham Knight é um jogo exclusivo para PS4, Xbox One e PC, e não será lançado para a geração anterior. "Nós sabíamos que as consolas antigas não tinham os recursos que nos permitissem criar o que desejávamos, por isso decidimos mudar definitivamente para a nova geração," explicou Sefton Hill.

Mas existe uma nova característica que é claramente mais importante que tudo o resto. Os novos movimentos e a cidade maior são adições muito bem-vindas, mas são essencialmente uma evolução natural do que já existia. O grande ás na manga de Arkham Knight é também o "brinquedo" mais icónico de Batman, algo que ainda não foi jogável até agora na série Arkham

"ONDE É QUE ELE VAI BUSCAR ESTES BRINQUEDOS MARAVILHOSOS?"

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O Batmobile é uma besta autêntica. Parece uma mistura entre um Pagani Zonda, um F-117 e um tanque. Batman pode chamar o carro a qualquer momento, um pouco à imagem do que acontecia com o cavalo de John Marston em Red Dead Redemption. Com o Batmobile podem conduzir para qualquer direção da cidade, o que abre um mundo de possibilidades.

Logo no início da demonstração que presenciámos, assistimos a uma intensa perseguição de carros, que culminou com Batman a disparar mísseis na tentativa de parar o veículo oposto. Enquanto o carro passava pela cidade, foi curioso ver como o criminoso comum foge à mera visão do Batmobile.

Podem conduzir o carro icónico por toda a cidade de Gotham, esmagando sinais, cartazes, caixotes e outros elementos do cenário, de forma muito satisfatória. Gotham inclui uma série de oportunidades para praticar saltos fantásticos, se estiverem para aí inclinados. Já agora, não existe nenhum mini-mapa. Como Hill explicou: "queremos que joguem o mundo, não o mini-mapa."

Quando finalmente decidirem que está na hora de abandonarem o veículo, podem sair normalmente ou carregar num botão que vos catapultará a grande velocidade. Por outro lado, quando quiserem voltar ao veículo, tudo decorre com grande fluidez, com várias animações conforme o contexto (se estão parados ou a correr, por exemplo).

O Batmobile será também uma componente importante das missões. O The Riddler, por exemplo, tem alguns desafios interessantes onde terão de utilizar o bólide, na forma de uma pista subterrânea, com plataformas e outros obstáculos. Pareceu-nos uma corrida intensa, sobretudo porque a pista se vai deteriorando com o tempo.

Esta é apenas um dos muitos desafios que The Riddler tem para Batman. Desta vez a Rocksteady tentou incorporar as missões secundárias de forma mais fluida na história principal. Existem histórias individuais para cada vilão, mas tudo estará ligado, embora a produtora não tenha revelado muito mais.

O ARKHAM KNIGHT

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Não fomos presenteados a nenhum dos ambientes clássicos dentro de portas da série, onde normalmente decorrem as secções furtivas, por onde passeiam de gárgula em gárgula a espiar o inimigo. Contudo, Hill assegurou-nos que estarão no jogo. A transição entre as secções exteriores e os ambientes interiores serão muito mais fluidas que no passado - outra vantagem permitida pelo poder das consolas. Um exemplo disso mesmo é que agora já não precisam de atravessar uma porta específica para aceder a um edifício - podem entrar por uma janela ou um telhado, eliminando um inimigo no processo.

A demonstração a que assistimos terminou com uma personagem mascarada, numa armadura futurista, que derruba Batman e aponta-lhe uma arma à cabeça, murmurando algo sobre uma vingança. Esta nova personagem foi criada de raiz para o jogo e chama-se precisamente Arkham Knight. E é basicamente tudo o que Rocksteady quis partilhar em relação a este misterioso vilão.

O salto de Arkham City para Knight é significativo, mas não verdadeiramente impressionante ou surpreendente. Parece o passo lógico na evolução da série e dos conceitos que já conhecíamos, onde a única novidade real acaba por ser o Batmobile. Por esse motivo, parece um caso clássico de "maior e melhor". Considerando que vem no seguimento de dois dos melhores jogos da última geração, também não precisava de nenhuma revolução. Acreditamos que a Rocksteady está no bom caminho para concluir esta trilogia em grande estilo.

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Chegámos a ficar preocupados com a qualidade do jogo, mas sem necessidade. Arkham Knight é um triunfo.



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