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Assassin's Creed Valhalla

Assassin's Creed Valhalla - Últimas Impressões

Fomos visitar os filhos de Ragnar Lodbrok umas semanas antes do lançamento.

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Se tem seguido a relação do Gamereactor com a saga de Assassin's Creed, sabe que adorámos Origins, um jogo que marcou uma muito necessário mudança de direção na série. Vários elementos da jogabilidade foram melhorados, o jogo aproximou-se mais do género RPG de ação, e a história regressou a uma era em que a experiência Assassin's Creed simplesmente funciona melhor. Depois veio Odyssey, um jogo que, embora massivo e épico, regrediu alguns passos em relação a Origins, tornando-se menos focado e mais repetitivo. Isto levou-nos a ponderar se a Ubisoft estaria novamente a repetir os erros do passado, deixando Assassin's Creed perder o seu encanto com um excesso de conteúdo repetitivo, e poucas ideias originais.

Então que tipo de jogo vamos ter com Assassin's Creed Valhalla?

Bem, é óbvio que, tal como aconteceu com Odyssey, a base que suporta Valhalla é a de Origins. Continua a ser um RPG de ação (ainda mais que Odyssey), com um mapa enorme e muito conteúdo para o jogador explorar, mas se Odyssey era demasiado próximo de Origins em termos de temática e era, Valhalla já apresenta um tom diferente e algumas ideias novas. Isso deve-se também ao facto de Valhalla ter sido produzido pela mesma equipa que criou Origins (Ubisoft Montreal), enquanto que Odyssey esteve a cargo da Ubisoft Quebec.

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O foco de Valhalla está, naturalmente, nos Vikings, e aqui irá controlar Eivor, que pode ser uma personagem feminina ou masculina. O jogo vai arrancar na Noruega, mas o grosso da aventura vai passar-se em Inglaterra do século IX, com os Vikings empenhados em garantirem terras em Inglaterra para puderem cultivar, viver, e estabelecer comércio. A maioria dos reinos ingleses, contudo, não está particularmente contente com essa situação, e não deixa de ser curioso que, desta vez, Assassin's Creed nos coloque no lado dos invasores e não dos invadidos. Os Vikings, contudo, não eram exatamente um povo conhecido pelas suas capacidades diplomáticas, e pelo que vimos durante as seis horas que passámos com Valhalla, parte da missão de Eivor passará por manter a sede de sangue e de glórias de alguns dos seus colegas Vikings o mais adormecida possível - o que nem sempre será possível.

Assassin's Creed ValhallaAssassin's Creed Valhalla

A história parece seguir arcos bem distintos, mais até que no passado, e um dos primeiros arcos passará por ganhar força no território inglês. Isso vai passar pela expansão do assentamento Viking, que pode ser melhorado com os recursos que ganha em invasões a fortes e castelos. Pode tomar decisões em termos da estrutura a construir, o que irá dar diferentes benefícios aos soldados, que podem ser personalizados. Até pode organizar festins para aumentar a moral do grupo. Não nos parece um sistema muito profundo, e nem podia ser, porque não é esse o foco de Assassin's Creed, mas pode ser uma distração engraçada e com benefícios.

Fora do acampamento, um dos nossos primeiros objetivos passou por destronar o Rei de Mercia, de forma a colocar lá um 'pau-mandado' que faça negócios e acordos a nosso favor. Antes de conseguirmos isso, contudo, tivemos de atravessar um longo caminho até Ledecestrescire, e isto deixou-nos com a impressão de que o mapa de jogo será massivo, dividido em vários reinos para o jogador explorar.

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É um mundo com um estilo muito diferente de Origins e Odyssey, mais cinzento e castanho, como seria de esperar de uma transição do Egito e da Grécia para Inglaterra. Mas, se o mundo perdeu cor e extravagância, parece ter ganho complexidade e arquitetura. Todos os locais que visitámos estavam altamente detalhados, construídos com propósito, mas em jeito de comparação, o mundo de Watch Dogs: Legion (que também vimos recentemente) impressionou-nos bem mais a nível técnico.

Seja como for, pelo caminho encontrámos acampamentos inimigos, puzzles à base de runas, os habituais pontos altos para observar o mapa, e várias missões secundárias, com algumas a serem particularmente bizarras. Odyssey foi muito criticado por apresentar um mapa cheio de pontos de interrogação que guiavam o jogador, e aqui, também é verdade que o jogador vai essencialmente navegar entre 'ilhas' de conteúdo, mas é evidente que a Ubisoft ouviu as queixas, e o ritmo de jogo e de exploração é muito mais positivo que em Odyssey.

Do que vimos, Valhalla também parece levar-se mais a sério que Odyssey, o que apreciamos. Isto não significa que não exista humor no jogo, porque existe, mas os diálogos, as ações, e as consequências, são mais pesadas. As próprias interações com outras personagens, e até o comportamento dos cidadãos deste mundo, mostram que a Valhalla tem realmente uma história para contar.

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Regressando à nossa viagem, eventualmente acabámos por chegar a Ledecestrescire. O que se seguiu foi uma verdadeira invasão Viking a mosteiros pacíficos e a vilas, em segmentos de jogabilidade tão épicos quanto orquestrados. Isto deu-nos muitas oportunidades para testar o sistema de combate, que tem como base Origins e Odyssey, embora nos pareça mais variado e mais terra-a-terra, e com uma longa lista de habilidades e de armas para desbloquear. Funciona bastante bem, mas se esperava uma revolução comparando com os dois jogos anteriores, vai ficar desiludido.

Uma última palavra para a qualidade gráfica. Tivemos acesso à versão PC, que foi jogada através de stream, e mesmo assim, não estava a correr com as definições mais elevadas. Apesar destas condicionantes, é óbvio que Assassin's Creed tem um grafismo impressionante. Não é nada que grite "nova geração" (até porque também sai nesta), mas apresenta uma recriação bastante fiel de Inglaterra do século IX, e da cultura Viking.

Podemos dizer que saímos satisfeitos desta demo de Assassin's Creed Valhalla, até um pouco impressionados, e se quer mais Assassin's Creed na sua vida, isto vai dar-lhe exatamente isto. Se será capaz de ir mais longe que isso? Não nos parece, pelo que jogámos, mas de qualquer forma estamos entusiasmados para regressar ao mundo dos Vikings em novembro.

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