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Assassin's Creed Valhalla

Assassin's Creed Valhalla - À Conquista de Inglaterra

Puxámos pela nossa alma Viking, pedimos a benção de Odin, e partimos para quatro horas com o novo Assassin's Creed.

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Depois de Egipto e Grécia, Assassin's Creed vai mudar-se para a Noruega e para a Inglaterra anglo-saxã. Está na hora da saga da Ubisoft dedicar algum tempo aos temíveis Vikings, mais uma vez com um protagonista que pode ser masculino ou feminino. A Ubisoft tem revelado algumas informações acerca do jogo durante as últimas semanas, mas nenhum comunicado de imprensa se compara a ter o comando nas mãos, e foi isso que fizemos durante quatro horas via cloud-gaming.

A nova aventura passa-se no século IX e arranca na Noruega, ainda que o grosso da ação se passe numa Inglaterra invadida por Vikings. Aqui irá assumir o controlo de Eivor, que como referimos em cima, pode ser uma personagem masculina ou feminina. Independentemente do sexo, Eivor é o líder do seu clã Viking, e tem como principal objetivo encontrar uma nova casa para o seu povo, uma casa mais convidativa para cultivo e vivência. Essa sua ambição, contudo, vai resultar em consequências que não será capaz de compreender de imediato.

Eivor é também um Assassino - ainda que reticente -, e como tal, tem a sua própria lâmina escondida, algo que ficou de fora do jogo anterior. A maioria dos jogadores apreciou a evolução de Assassin's Creed para um género mais RPG, mas essa estrutura incomodou os fãs de uma experiência mais pura de assassinos. Os ataques furtivos passaram a depender do nível do jogador e do inimigo, o que significava que nem sempre era possível assassinar um alvo com um só golpe. Para AC Valhalla a Ubisoft optou por um sistema ligeiramente diferente. Agora todas as personagens podem ser assassinadas furtivamente - se conseguir chegar até elas sem ser visto - mas no caso de oponentes particularmente fortes, terá de realizar uma sequência de botões para que o assassinato corra de feição.

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A Ubisoft também fez algumas alterações ao sistema de combate, e em particular às mecânicas de adrenalina, que permitem executar habilidades especiais. Mesmo nas dificuldades mais avançadas, Assassin's Creed Origins e Odyssey podiam tornar-se bastante fáceis - demasiado até - depois de desbloquear certas habilidades. Para AC Valhalla a Ubisoft decidiu diminuir um pouco a eficácia deste sistema, para que o jogador dependa mais da sua própria capacidade do que das habilidades da personagem. Isso também pretende acabar com os massacres que os jogadores podiam fazer dentro de um forte inimigo em combate direto, obrigando a uma jogabilidade mais furtiva, ou ao auxílio de mais Vikings para batalhas.

Uma das maiores mudanças entre os dois jogos anteriores e Valhalla, é o sistema de navegação e de parkour. Nos jogos anteriores o jogador podia trepar praticamente tudo sem problemas, mas em Valhalla não será tão fácil. Para começar existem as próprias estruturas, mais avançadas, que se aproximam mais das casas e habitações clássicas de Assassin's Creed. A Ubisoft também pretende recuperar um pouco dos "puzzles ambientais" do passado, para que o jogador não trepe tudo sem pensar e sem olhar para o cenário. Até existe um novo sistema ligado a isto, que de momento não podemos detalhar.

Assassin's Creed Valhalla

A própria identificação do mapa também foi alterada, para permitir uma exploração mais orgânica do jogador. Agora não vai encontrar um mar de pontos de interrogação no mapa, mas antes certos pontos coloridos que dão pistas em relação à localização de um ponto de interesse. Esse local só ficará permanentemente marcado e identificado no mapa depois de o encontrar e visitar.

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Se gostámos de vários elementos de Asssassin's Creed Valhalla, também temos algumas preocupações. A maior é que, mesmo com a nova temática de Vikings, e novidades como as que referimos em cima, Valhalla não se consiga distinguir o suficiente de Origins e Odyssey. Foram dois jogos enormes, muito repetitivos, e ter o mesmo tipo de experiência com Valhalla pode ser excessivo. Esperamos ver missões mais variadas, mais mini-jogos, e objetivos secundários mais interessantes. Encontrámos alguns, como um mini-jogo de bebida, mas esperamos algo ainda mais interessante e profundo, ou esses objetivos secundários deixarão rapidamente de puxar o jogador.

Existe aqui um grande elemento do jogo que não tivemos a oportunidade de experimentar, que está relacionado com a colónia de Vikings, algo que o jogador poderá expandir e melhorar. Fora isso, o mundo em si também não nos impressionou, menos até do que vimos na Grécia e no Egipto dos antecessores. A própria rotina das personagens que povoam as aldeias e os campos parecem cada vez mais previsíveis e monótonas, como se fossem paisagem, e não uma população viva. A Ubisoft tem claramente de melhorar a inteligência artificial, o dinamismo, e o comportamento das personagens secundárias, e não nos parece que o vá fazer neste jogo.

Depois destas quatro horas, destacamos dois pontos de grande interesse: o regresso a um estilo mais próximo dos Assassinos, e a temática dos Vikings e da cultura nórdica. Temos dúvidas de que o jogo seja suficientemente diferente de Odyssey e Origins, mas quatro horas não são nada no global da experiência Assassin's Creed, por isso ainda temos muito para ver e descobrir antes do lançamento em PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X, e Stadia.

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