Português
Gamereactor
antevisões
Assassin's Creed Odyssey

Assassin's Creed Odyssey

Navegámos, combatemos, e conquistámos, durante sete horas com o novo AC.

HQ
HQ

Assassin's Creed Odyssey arranca com o Rei Leonidas, numa posição muito familiar para os fãs do filme (ou da banda desenhada) 300. É essa batalha épica com os persas que serve de introdução ao novo jogo, momento em que também passámos a conhecer novas mecânicas cozinhadas pela Ubisoft - habilidades das personagens (Leonidas é uma personagem de nível elevado), e batalhas de grande escala.

A Ubisoft confessou-nos que escolheu este momento para facilitar a entrada no jogo, já que é provável que um grande número de jogadores esteja familiarizado com a história destes 300 espartanos. É também uma boa forma de deixar o jogador curioso, antes de o atirar para o presente em nova aventura com Layla Hassan, que se estreou em AC: Origins. Não vamos revelar o que se passa em concreto no presente, mas podemos dizer que Layla está à procura da lança do Rei Leonidas, o que lhe dará acesso a dois traços de ADN - Alexios e Kassandra, ambos filhos do rei. Em termos práticos, isto vai permitir que o jogador possa escolher entre as duas personagens no início do jogo, mas não esperem duas histórias diferentes. Por motivos que não vamos revelar, uma das crianças é exilada no início da aventura, e é a escolha do jogador que determina qual dos dois é exilado.

O mistério por trás desta separação é um dos três pilares narrativos de Assassin's Creed Odyssey, e possivelmente o mais importante, comparável à história de vingança de Bayek em Origins. Depois existe a narrativa em torno do Culto, que está ligada ao mistério familiar, já que este culto estará por trás do que aconteceu à família de Leonidas. Por fim, existe a narrativa concentrada na Primeira Civilização, representada por temas da mitologia grega e com ligação à história no presente, com Layla.

Publicidade:

A primeira vez que jogámos Assassin's Creed Odyssey, na E3 2018, permitiu-nos desfrutar de algumas missões mais relacionadas com o culto, enquanto caçamos indivíduos ligados à fação. Depois, na Gamescom, explorámos a natureza mais mitológica do jogo, que não terá nada de sobrenatural - tudo o que existe de sobrenatural na série está ligado à Primeira Civilização e os seus artefactos. Agora, nesta demo consideravelmente mais longa, vimos o início da aventura, as motivações das personagens, e o grosso do que é afinal a história de Odyssey. Foram sete horas de jogos, na PS4 Pro, que permitiu passar os dois primeiros atos da aventura.

Depois da introdução com Leonidas e Layla, o jogo arranca na ilha de Kephallonia, com Alexios ou Kassandra (dependendo da vossa escolha) a aparecerem na praia depois de um naufrágio. O jogo depois avança para 431ac, e mostra uma personagem adolescente que é já bastante capaz e independente. A primeira missão pede-nos que lidemos com dois rufias enviados por Cyclops, um criminoso local que não é grande fã da nossa personagem, e apresenta o novo sistema de escolhas introduzido pela Ubisoft - podem simplesmente avisá-los com uma tareia, ou podem matá-los. Decidimos poupá-los, mas mais tarde voltaram a aparecer, com mais amigos, para tentarem terminar o serviço. É uma escolha sem grande consequência, e sem qualquer impacto narrativo, mas que demonstra como a aventura pode mudar com as decisões do jogador. Também conhecemos Phoibe, uma jovem rapariga que será importante neste ato inicial, e cuja relação com o jogador será moldada pelas escolhas que tomar.

Descobrimos que a nossa personagem foi salva por um homem chamado Markos, quando aparecemos na praia, que desde então nos criou. Markos não é um homem muito ambicioso, mais preocupado com as suas vinhas, que conseguiu depois de pedir dinheiro a Cyclops. Como devem calcular, Markos não conseguiu pagar o empréstimo, e isso leva ao envolvimento da nossa personagem com Cyclops, o que por sua vez irá dar início à narrativa que envolve a família de Leonidas.

A certo ponto vão realizar uma missão para Phoibe, que é outro bom exemplo de como o mundo do jogo é afetado pelas decisões do jogador. Phoibe praticamente idolatra o jogador, e pede a sua ajuda para salvar um amigo de uma aldeia próxima, que está doente. Ao chegarmos à aldeia, reparámos numa série de casas queimadas, e numa família detida por soldados. Podem deixar que os soldados matem essa família, o que pode terminar com a doença contagiosa, ou podem interferir. A vossa escolha irá depois afetar essa aldeia e a relação com Phoibe, não só a curto prazo, mas também a longo prazo.

Publicidade:
HQ

Além do sistema de decisões, Odyssey também inclui um novo esquema de habilidades, que o aproximam ainda mais de um RPG de ação. À medida que combatem, vão ganhar adrenalina, que pode depois ser usada para ativar habilidades especiais. É um sistema semelhante ao de Origins, mas mais agressivo, uma ideia reforçada pelo facto de Odyssey não incluir escudos. Podem sim contra-atacar, evitar ataques, e bloqueá-los com o timing certo, tudo num espírito mais virado para uma jogabilidade que pretende criar mais riscos para o jogador do que a jogabilidade segura do jogo anterior, onde muitos jogadores se esconderam por trás de um escudo.

As habilidades dividem-se em três árvores: caçador (combate à distância), guerreiro (combate corpo-a-corpo), e assassino (combate furtivo). Algumas habilidades estão bloqueadas por história, outras por nível, mas de forma geral podem escolher como evoluir a personagem, seja de forma equilibrada ao longo das três árvores, ou como especialista num estilo de combate. Experimentámos várias técnicas e armas, e a verdade é que a abordagem em si pareceu realmente diferente da de Origins, algo que a Ubisoft quis realmente modificar.

As secções navais também serão expandidas em relação ao que apareceu em Origins. A certo ponto vão receber um navio, e podem recrutar companheiros para posições chave do navio. De certa forma, o navio será a 'base' do jogador, e como tal, podem evoluir muitos aspetos do navio ao longo do jogo. Ainda assim, não esperem algo como AC IV: Black Flag, já que a jogabilidade naval equivaleu a apenas uma minoria das sete horas que jogámos. Podem, contudo, esperar muitos cânticos por parte dos marinheiros, diferentes dos que ouviram nos outros jogos.

Mais tarde começamos a trabalhar com os espartanos, realizando missões que os ajudaram na sua batalha contra Atenas. Isto apresentou-nos a estrutura de conquista de regiões, que começa com a realização de missões para enfraquecer o exército adversário. Eventualmente terão a hipótese de eliminar o líder dessa facção, e depois disso irão participar numa batalha de larga escala. Depois disso, e pelo menos neste caso, um líder espartano passou a dominar a região... mas presumimos que o podem tirar de lá mais tarde, se quiserem.

O jogo vai oferecer muitas interações ao jogador, mais que Origins, incluindo opções românticas. Jogámos com Kassandra, e durante as nossas interações, tentámos ser atrevidos a nível romântico. Isto levou-nos a conhecer Odessa, uma personagem que pode assumir uma relação com o jogador. Não vamos entrar em pormenores, mas as nossas ações estragaram as opções de namoro com Odessa. Pelo menos acabámos por conseguir recrutá-la para o nosso navio. Um pormenor curioso é que, na primeira vez conhecem Odessa, podem escolher libertá-la de uma prisão, ou deixá-la tar. Se a deixássemos, não teríamos visto nenhuma destas interações que surgiram mais tarde.

Em Odyssey não serão assassinos, mas mercenários, e existe todo um novo sistema em torno desse estatuto. À medida que cumprem objetivos e eliminam a competição, vão subir de categoria enquanto mercenários, algo que também vão desbloqueando vantagens para a personagem. A fama, contudo, não trás só elementos positivos, e se forem muito conhecidos, vão começar a ser caçados. Alguns mercadores até vos podem ignorar, e as relações com algumas personagens podem também sofrer alterações.

Das três ocasiões em que jogámos Assassin's Creed Odyssey, a Ubisoft mostrou-se sempre muito confiante com o seu trabalho, e não é para menos. Depois de termos passado um total de mais de doze horas com o jogo, parece-nos que Odyssey é realmente uma evolução séria de Origins, ainda que o utilize como base. Mas doze horas parece-nos pouco para um jogo desta magnitude. Vimos ainda pouco da história, e estamos curiosos para perceber como irá evoluir. E claro, existe toda a questão de polimento e optimização. Origins apareceu em boa forma, mas Syndicate e sobretudo Unity, obrigam a alguma cautela. Apesar destas reservas para verificar mais tarde, partilhamos da confiança da Ubisoft em Assassin's Creed Odyssey.

HQ
Assassin's Creed OdysseyAssassin's Creed Odyssey
Assassin's Creed OdysseyAssassin's Creed OdysseyAssassin's Creed OdysseyAssassin's Creed Odyssey

Textos relacionados



A carregar o conteúdo seguinte