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Need for Speed: Rivals

Need for Speed: Rivals

A EA encheu o depósito e abriu o mundo de jogo para novas corridas caóticas... mas será que Need for Speed continua relevante?

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A série Need for Speed andou muito tempo à procura da sua verdadeira identidade. Tudo começou de forma simples, com o conceito de permitir que os jogadores pudessem conduzir, virtualmente, os carros que as suas carteiras nunca lhes permitirão comprar na realidade. A partir daí assistimos a mudança para corridas de rua ilegais, narrativas hollywoodescas, simulação e picardias entre pilotos ilegais e a polícia. Mas nos últimos anos a série parece estar mais focada, com a aposta em mais títulos baseados em corridas com um espírito Arcade e uma forte componente online. E de regresso está o jogo do gato e do rato, ou se preferem, do polícia e do piloto ilegal.

NFS: Rivals privilegia a liberdade. A liberdade para escolherem o caminho que vão seguir no mundo aberto, e a liberdade para escolherem entre assumirem o papel de um demónio da velocidade no lado errado da lei ou de um polícia feroz, com queda para meter os pilotos convencidos no devido lugar. Na verdade, uma das decisões mais inteligentes no design de Rivals é a possibilidade de mudar de carreira a qualquer momento, já que as diferenças entre os dois lados são deliciosas.

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Se escolherem os rapazes das fardas azuis, não terão de se preocupar com recursos para comprarem carros novos. Serão presenteados com novos bólides ao concluírem algumas missões. Desta forma podem gastar os recursos em equipamento adicional, como picos de estrada e armas de choque, que vão facilitar a vossa vida contra os criminosos.

Se por outro lado preferem o caminho do fora-da-lei, terão de gastar dinheiro em carros, melhoramentos e decorações, o que se torna muito exigente para o orçamento (e também têm alguns truques altamente tecnológicos ao seu dispôr). Felizmente, o potencial para ganhar dinheiro é também muito maior, já que podem ir acumulando pontos conforme jogam. Quanto mais multiplicadores, maior o grau de procurado, o que levanta uma mecânica interessante de risco e recompensa. Para ganharem o dinheiro, terão de ir até ao esconderijo, interrompendo a acumulação de multiplicadores. Mas se forem presos ou se o carro pifar, perdem todo o dinheiro que não guardaram.

As missões nos dois lados da lei variam normalmente entre corridas contra outros carros, corridas contra o tempo e claro, todos os tipos de destruição aplicável à concorrência. Como polícias só precisam de ligar a sirene quando estão perto de um criminoso para começarem a corrida. O processo enquanto pilotos ilegais é também muito simples, sem nunca ser necessário recorrer a menus. É um sistema eficaz, que mantém o jogo fluido e que dá vida ao mundo, já que raramente sabem o tipo de desafio que vos espera.

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Acima de tudo, é a integração do online que faz com que tudo pareça vivo. Por defeito vão partilhar o mundo de jogo com outros jogadores, tanto policias, como pilotos ilegais e a ideia é que as corridas e as perseguições ocorram de forma orgânica. Até podem começar a ser perseguidos por um jogador-polícia mesmo a meio de um evento, por exemplo. E até existem recompensas para os jogadores que decidam trabalhar em conjunto.

Entre estas mecânicas dinâmicas, o jogo não inclui as ferramentas básicas para coordenar corridas ou desafios com outros jogadores, o que por vezes complica a simples execução de uma corrida. Como está, o sistema funciona extremamente bem com estranhos, mas dificulta bastante a vida a amigos que queiram jogar juntos.

No lado técnico, tem havido um grande esforço por parte da EA em lembrar que Rivals também é suportado pelo motor gráfico da DICE, o Frostbite 3. Na versão que testámos, PlayStation 4, o alcance da visão era magnífico, o jogo não perdia fluidez e no geral, tinha um excelente aspeto, mesmo que não seja algo verdadeiramente "nova geração". Mas tal como a versão PC, está "presa" aos 30 frames por segundo, embora o jogo se mantenha fluido.

Apesar de vários pontos positivos, NFS: Rivals tem alguns arranhões na pintura. A produtora, Ghost Games, é nova, mas a equipa é formada por vários membros da Criterion e isso nota-se. Rivals vai buscar muitas das suas características a Need for Speed: Most Wanted, que por sua vez foi buscar a Need for Speed: Hot Pursuit e este a Burnout Paradise. Conclusão, é difícil afastar a sensação de que já vimos tudo isto antes. Ou seja, os veteranos da série não vão encontrar muito de novo debaixo do capô, mas objetivamente, é um dos títulos mais fortes do lançamento da PlayStation 4.

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08 Gamereactor Portugal
8 / 10
+
Liberdade apreciável. Integração elegante do online. Bons gráficos. Diferenças deliciosas entre a polícia e os pilotos.
-
Falta de opções no multijogador. É evidente alguma reciclagem.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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