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Alan Wake Remastered

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Um bom trabalho de remasterização ajuda a manter este clássico relevante, talvez até mais hoje em dia.

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Há onze anos, quando a Remedy lançou Alan Wake para PC e Xbox 360, conseguiu conquistar o coração de muitos fãs do género de terror, sobretudo os que se identificam mais com as obras de Stephen King, que foi uma grande influência para o jogo. Entretanto recebemos duas mini-expansões (incluídas aqui)e uma aventura separada, na forma de American Nightmare, mas a tão aguardada sequela teima em não aparecer. Infelizmente continua a não haver nenhum anúncio para um Alan Wake 2, mas mais recentemente tivemos uma expansão de Control dedicada a esta série, e agora, com o relançamento do jogo original, parece-nos mais provável que nunca que uma sequela esteja a caminho.

Mas estamos aqui é para falar desta remasterização, que além de permitir a muitos jogadores reviverem esta aventura de terror em melhores condições, abre-se finalmente aos fãs das consolas PlayStation. A base da experiência é a mesma, mas esta remasterização melhorar o grafismo, o som, e ainda tenta renovar alguns elementos de jogabilidade que já estavam algo datados. O resultado, na nossa opinião, é altamente positivo.

Em Alan Wake irá acompanhar um autor de terror precisamente chamado Alan Wake, que ao sofrer de bloqueio de escritor, decide ir de férias com a esposa Alice para a pequena cidade de Bright Falls. Ora, acontece que, depois de uma discussão entre o casal, Alice é subitamente engolida por uma escuridão nas águas junto da cabana em que se encontram. Alan mergulha para a tentar recuperar, mas perde os sentidos e acorda nas montanhas, junto do seu carro. É também aqui que encontrar uma página a descrever os eventos que se seguem, uma página que não se lembra de ter escrito. Pouco depois Alan Wake depara-se com o primeiro Fallen, versões agressivas e sombrias dos habitantes de Bright Falls.

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A narrativa de Alan Wake continua a ser um dos pontos altos do jogo, com excelente ritmo, mistério, escrita, e desempenho dos atores. A história é contada através de um misto sequências cinemáticas, narração de Alan Wake, e elementos do cenário, incluindo programas de rádio, documentos, gravações, e até estranhos episódios de um programa televisivo chamado Night Springs, que se assemelha ao Twilight Zone original. A maioria deste conteúdo é opcional, mas está bem escrito e acrescenta boa informação sobre a aldeia, os seus habitantes, e a situação. Mais interessante ainda, pode encontrar páginas escritas pelo próprio Alan Wake, que dão pistas sobre o que irá acontecer a seguir - e que o autor não tem qualquer memória de ter escrito.

Alan Wake Remastered

Alan Wake Remastered apresenta vários melhoramentos em termos visuais e sonoros, sobretudo comparando com a versão original de Xbox 360. Embora o jogo esteja bem em todas as plataformas, é particularmente impressionante nas consolas de nova geração, onde consegue correr a 4K e 60 frames por segundo. Jogámos um pouco do original na Xbox 360, e passar para a versão de nova geração é uma diferença notória. Também existem muitos efeitos gráficos melhorados, sobretudo em termos de iluminação e sombras, algo particularmente importante em Alan Wake. As texturas, as personagens, e o detalhe em geral - o original já tinha grande atenção ao pormenor - também foram melhorados.

Se há algo que temos de criticar são as animações faciais das personagens. Não são terríveis, mas também não estão bem à altura dos padrões atuais, inclusive em termos de sincronização dos lábios com as falas. Outra pequena queixa é mais específica da versão PS5. O jogo tem suporte para o DualSense, mas apenas em termos de feedback. Os gatilhos adaptativos não foram realmente aproveitados, e parece-nos que existia aqui potencial para ter feito bem mais com as particularidades do comando. Pelo menos o áudio está bem aproveitado, não só na PS5 com o Tempest, mas em todas as plataformas.

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Gostámos imenso de revisitar o mundo de Alan Wake, e embora já fôssemos fãs do lançamento original, parece-nos que o conseguimos apreciar ainda mais agora. O facto de estar a correr a 60 frames por segundo e com um grafismo melhorado, só ajuda à imersão e à qualidade geral do jogo. O maior problema é que este remaster fez-nos ficar a salivar ainda mais por uma sequela. Se isto é um teste por parte da Remedy, esperamos que corra bem, e que o estúdio se sinta motivado a finalmente presentear-nos com uma continuação. PS: A sequência na quinta continua a ser um fantástico ponto alto do jogo!

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09 Gamereactor Portugal
9 / 10
+
Continua a ser um jogo de qualidade elevada. Bom trabalho de remasterização. Finalmente numa consola PlayStation!
-
Animações faciais podiam ter sido melhoradas. Integração com o DualSense foi algo desapontante.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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ANÁLISE. Escrito por Fabrizia Malgieri

Um bom trabalho de remasterização ajuda a manter este clássico relevante, talvez até mais hoje em dia.



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