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Away: Journey to the Unexpected

Away: Journey to the Unexpected

Um jogo desafiante, mas acessível, com um estilo a lembrar animação japonesa.

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Os jogos "roguelite" tentem a ter uma abordagem muito séria e macabra, já que a estrutura pede que o jogador aprenda com a sua própria morte. São também jogos normalmente virados para um tipo de jogador mais dedicado e resistente, dada a natureza repetitiva do género. É por isso que Away: Journey to the Unexpected parece um jogo tão diferente, com um estilo de arte a lembrar animação japonesa.

A história é também muito diferente do que é habitual no género, acompanhando a aventura de um pequeno rapaz que está à procura dos seus pais. Não vamos entrar em spoilers, mas basta dizer que o se segue são eventos bizarros, improváveis, e até absurdos. É algo digno de um mundo criado pela mente de uma criança, que se desenvolve através de alguns diálogos e textos que vão encontrando.

Embora tenha uma estrutura roguelite, Away também segue um percurso mais linear do que é habitual no género, e sem recorrer a conteúdo gerado de forma aleatória. O jogo está dividido por níveis, mas para passarem ao nível seguinte, é provável que tenham de repetir o nível atual em diversas ocasiões. Sempre que perdem, têm direito a mais pontos de experiência, que por sua vez permitem melhorar os atributos da personagem. Como noutros roguelike, precisam de repetir o caminho, mas é aqui que Away começa a falhar.

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Uma boa fatia dos níveis envolvem uma série de tarefas, como ativar interruptores, conversar com amigos, e procurar itens. Os jogos roguelike conseguem ultrapassar o tédio da repetição com a qualidade do combate, e com o facto do jogador estar a colocar os seus melhoramentos e a sua experiência de jogo em prática. Ao cumprirem tarefas deste tipo, nada disso está a acontecer. Não é desafiante, e não estão a pôr em prática nada que tenham aprendido.

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Os amigos do protagonista também desempenham um papel determinante no jogo, e são obrigados a ir apanhá-los sempre que perdem. Se conseguirem convencer os amigos a juntarem-se à vossa equipa, podem usá-los durante algum tempo, o que permite ao jogador usar novas habilidades e itens.

Também existe um vendedor, pronto a despachar alguns itens úteis para o jogador, mas só tem um item de cada tipo. Se ajudarem os amigos, apanharem ou comprarem itens, e usarem as vossas capacidades com cuidado, podem sobreviver imenso tempo. Quanto mais avançam, mais experiência ganham, e mais aumentam as vossas hipóteses de avançarem na próxima tentativa.

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Embora possam usar fogo de artifício e as habilidades dos amigos para causar dano, normalmente terão de atacar os oponentes de forma direta, normalmente através de um simples pau. Infelizmente o combate não está à altura, e assume-se como o pior elemento do jogo. O grafismo utiliza cenário 3D com inimigos 2D, algo que funciona bem em jogos como Danganronpa, por exemplo, mas neste caso não é o formato mais eficaz. É algo difícil perceber a que distância estão realmente os inimigos, o que levou a várias situações em que estávamos demasiado afastados para acertar no oponente, ou próximo o suficiente para sermos atingidos.

Se a nível de jogabilidade não funciona muito bem, este estilo visual tem a vantagem de ser engraçado e bastante colorido. É um pouco simples, sim, mas não é feio, e as personagens encaixam muito bem no género de fantasia. O combate, como já referimos, não é perfeito, e a estrutura roguelite não funciona tão bem aqui como noutros jogos, mas Away: Journey to the Unexpected tem as suas qualidades, e se apreciam o género, vale a pena investigar mais um pouco.

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07 Gamereactor Portugal
7 / 10
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Elementos roguelike incentivam a continuar. Estilo de arte engraçado. Personagens variadas.
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Ataques não são satisfatórios. Repetição excessiva.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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