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City of Brass

City of Brass

Analisámos o jogo de ação na primeira pessoa inspirado em As Mil e Uma Noites.

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City of Brass é um jogo inspirado numa fonte atípica para os videojogos - os contos de As Mil e Uma Noites. Aliás, para ser mais específico, é inspirado em apenas um dos contos, precisamente A Cidade de Bronze. O jogo, tal como o conto, apresentas as aventuras de um jovem ladrão. O seu objetivo é o de tentar roubar o máximo de tesouros que conseguir, de uma cidade invadida por génios e esqueletos, entre outras criaturas.

É também uma corrida contra o relógio. Quanto mais tempo sobreviverem, e mais tesouros conseguirem recolher, melhores serão as vantagens que terão nas tentativas seguintes. Algumas destas opções especiais tornam o jogo mais fácil, e até podem retirar o contador, mas também existem opções que tornam o jogo ainda mais difícil. Se fizerem isso, a vossa pontuação irá aumentar de acordo com a dificuldade acrescida, algo que será útil para quem estiver a competir na tabela online.

A jogabilidade decorre na primeira pessoa, e como já devem ter calculado, com uma estrutura Roguelike. Isto implica morte permanente (sem ser demasiado frustrante) e cenários gerados de forma aleatória, o que dá grande longevidade ao jogo. Considerando que em City of Brass vão estar a correr e a saltar pelo cenário à procura de tesouros, temíamos que a geração aleatória de mapas pudesse resultar em alguns cenários menos conseguimos, mas isso não se verificou nas nossas sessões de jogo. Encontrámos sempre uma boa colocação de tesouros, plataformas, armadilhas, e áreas secretas, sem nunca parecer fora de tom ou injusto.

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Visualmente, City of Brass deixa uma impressão forte. O estilo de arte mistura a temática das Mil e Uma Noites com um aspeto quase de caricatura, e tudo isso ganha vida através do Unreal Engine 4 da Epic Games. Os ambientes são detalhados, as criaturas têm boas animações, e a iluminação é bastante boa, seja em sessões diurnas ou noturnas.

Nesta corrida contra o tempo vão estar equipados com um chicote e uma espada, que vão usar para atravessar caminho através de uma legião de criaturas. Existe uma grande variedade de inimigos, com designs inspirados, ataques diferentes, e até barras de saúde distintas. A animação do chicote é particularmente satisfatória, e até o podem usar para puxar inimigos - inclusive para junto de armadilhas. O chicote também permite puxar itens e tesouros, e pode prender-se a anéis pendurados no teto, para que possam balançar através de grandes distâncias. Algo que adorámos fazer foi puxar o equipamento dos inimigos, incluindo as suas armas, uma ação reforçada pelo ar chocado dos inimigos quando isso acontece. Além do chicote e da espada, também podem atirar bombas de fogo, por exemplo. O chicote é também uma boa ferramenta para evitarem certas armadilhas, ou para as ativar a uma distância segura.

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Nos níveis vão também encontrar génios que vendem itens, embora a sua oferta seja escolhida de forma aleatória. Dessa forma nunca sabem o que pode estar à venda, o que cria dois momentos bastante claros: o momento em que o item que procuram não está à venda, o que pode dificultar a vossa vida no resto do nível, e o momento em que o item está à venda, aumentando as vossas hipóteses de sobreviverem mais tempo. Os itens são comprados com os tesouros que vão recolhendo pelo caminho, o que levanta um dilema: manter o tesouro para aumentar a pontuação no fim do nível, ou gastá-lo para tentar tornar a vida mais fácil. E sim, como são génios das Mil e Uma Noites, também têm acesso a três desejos, que podem usar para obter um item gratuitamente, ou para baixarem a dificuldade dos monstros mais difíceis.

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O género Roguelike não costuma ser rico em termos de estória, e isso também é verdade para City of Brass. Não esperem diálogos, sequências cinemáticas, ou até contexto sobre o mundo e o jogo. Não é esse tipo de experiência que City of Brass pretende proporcionar aos jogadores. Em vez disso vão encontrar uma jogabilidade em movimento, em que vão correr, saltar, roubar, e chicotear inimigos através de ambientes gerados aleatoriamente. Existem momentos complicados, frustrantes, mas isso já é de esperar num jogo deste género.

Com um custo de € 19.99, City of Brass parece-nos uma aventura divertida e imersiva a um preço justo. Se são fãs do género roguelike é uma opção a considerar, sobretudo se também apreciarem o tema e jogabilidade na primeira pessoa à base de movimento rápido.

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08 Gamereactor Portugal
8 / 10
+
Ambientes gerados proceduralmente, mas com qualidade. Excelente estilo visual. Jogabilidade funciona bastante bem.
-
Estória sabe a pouco. Por vezes é demasiado difícil.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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ANÁLISE. Escrito por Roy Woodhouse

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