Afinal de contas é de uma orientação japonesa, muito colorido e um pouco doido. E como acontece com os outros jogos da Platinum, também é pouco provável que consiga atrair o grande público.
A Terra é o alvo de ataque massivo e o jogador assume o papel de líder de um bizarro grupo de combatentes; a coleção de super-heróis mais estranha que já viram. O jogador, mais 100 resistentes, formam estes "maravilhosos" 101, compostos por alguns heróis de tempo inteiro e também civis que receberam poderes temporários. Os inimigos são igualmente bizarros e provam que a Platinum sabe desenhar os oponentes dos seus jogos. Esperem dragões ao estilo de Godzilla e Mechs gigantes, quase que acabados de sair de Círculo de Fogo (Pacific Rim).
Como em Pikmin 3, vão controlar somente o líder do super-grupo, que cresce gradualmente enquanto recrutam em cada nível.
Este aglomerado de heróis é mais forte quando trabalham em conjunto. Com gestos específicos no ecrã tátil do GamePad podem transformar o grupo num gigantesco punho, espadas e outras formas semelhantes para enfrentar os inimigos. Em certas áreas até terão de formar pontes e escadas para avançar no jogo.
As missões são algo lineares, promovendo um percurso até ao Boss de fim de nível. O mesmo acontece com a jogabilidade, que se torna também repetitiva. Existe alguma diversidade quando a ação passa para o GamePad, mas infelizmente esses momentos são escassos durante as cerca de 12 horas que dura a campanha.
Cada nível é formado por vários pequenos objetivos que devem cumprir, oferecendo incentivos para repetições, de forma a melhorarem a classificação geral. Conseguir uma pontuação elevada não é fácil, até porque por vezes é difícil fazer sentido de tudo o que se passa no ecrã, ao contrário do melhor produto que saiu da Platinum, Bayonetta. O espírito e a qualidade da Platinum está evidente em 101, mas falta-lhe alguma magia e afinamento. Uma pena.