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Castlevania: Lords of Shadow 2

10 jogos para 2014: Castlevania: Lords of Shadow 2

É engraçado pensar que quando foi anunciado, a nova versão do clássico da Konami nem sequer tinha ainda o nome Castlevania.

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Quando o mostrou pela primeira vez, a Konami apenas se referiu ao jogo como Lords of Shadow. A editora nipónica estava hesitante em confirmar esta aventura como um verdadeiro Castlevania, o que não é de todo surpreendente, considerando as adaptações a 3D da série que vieram antes.

Mas tudo o que era preciso era alguém capaz de juntar os ingredientes certos. E esse alguém foi a Mercury Steam, a produtora espanhola que antes tinha sido responsável por Clive Barker's Jericho. Hideo Kojima, criador de Metal Gear Solid, até emprestou o nome à produção, para tranquilizar alguns responsáveis da Konami e atrair as atenções dos jogadores (embora em termos práticos não tenha estado envolvido na produção do jogo).

Lords of Shadow serviu como uma reimaginação moderna da série que coloca frente-a-frente o clã de caçadores Belmont e o próprio Drácula. Mas mais importante que isso, foi uma aventura na terceira pessoa com muita ação, combate excelente, elementos RPG e muita inspiração em folclore e fantasia.

Num campo geral, conseguiu agradar tanto aos fãs da série, como a novatos e até aos adeptos do género de ação no geral. Mas agora chegou a hora de concluir a saga, com o terceiro e último ato de Gabriel Belmont. Lords of Shadow 2 é uma sequela direta do original e dos respetivos DLC (onde Gabriel se transformou no Drácula) - e da aventura paralela na Nintendo 3DS, Mirror of Fate, que introduziu outros membros da família Belmont, nomeadamente Trevor e Simon. Os laços familiares foram reforçados com sangue e continuam a condenar os Belmont numa luta eterna contra as forças das trevas.

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Castlevania: Lords of Shadow 2

Este capítulo final retoma a história alguns anos mais tarde e tenta implementar outra das fundações da série original - a exploração. Gabriel, agora o Drácula, amaldiçoa a sua vida eterna no castelo. Enfraquecido e privado de grande parte dos seus poderes, Gabriel terá de explorar o seu enorme castelo para readquirir as suas habilidades. Como é tradição na série, vão existir múltiplos caminhos e várias áreas que só ficarão disponíveis depois de adquirirem as habilidades necessárias.

A câmara mudou, de fixa para manual, embora a produtora prometa uma qualidade tão boa da câmara que não será necessário estar sempre a mudá-la, isto se não o quiserem fazer, claro.

Pelos trailers já percebemos que Alucard vai regressar para enfrentar Gabriel. Também sabemos que pelo menos parte do jogo vai decorrer no presente, embora a equipa continue muito reservada em relação a estas secções numa metrópole.

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O que sabemos, porém, é que a equipa está a expandir os sistemas de combate, e até permite que os jogadores evoluam as habilidades que melhor se adequam ao seu estilo de jogo. Além do chicote tradicional, também vão ganhar a Void Sword, que regenera a saúde sempre que executam combinações de ataques. Também existem as Chaos Claws, garras capazes de causar grande dano e de partirem armaduras específicas.

"Queríamos ter um sistema onde os jogadores... nós de certa forma forçamos os jogadores a aprenderem os golpes e as combinações," explicou Dave Cox, diretor criativo, durante uma conversa na Gamescom. "Pensámos que a única forma dos jogadores realmente serem capazes de melhorar estas armas, é se utilizarem todos os combos ao seu dispor, todos os combos que comprarem. Por isso é mais uma forma dos jogadores realmente pensarem sobre o combate e é isso que queríamos fazer."

Castlevania: Lords of Shadow 2

"Não queremos que seja outro jogo de ação sem inteligência," continuou. "O sistema Focus que utilizamos no jogo serve para isso mesmo, ao levar que os jogadores atinjam os inimigos, ganhem Focus e obriguem os inimigos a largar sangue. Já tinhámos Focus no jogo anterior e mais uma vez vai incentivar os jogadores a pensarem no que vão fazer; joguem bem e serão recompensados. O sistema de combate foi desenhado para recompensar os jogadores."

É um jogo relativamente difícil, equilibrado por um sistema de combate sólido, que vai obrigar-vos a pensar, em vez de acertarem nos botões sem consequência. Juntem-lhe um enorme castelo para explorar e uma história que tem mais profundidade e mitologia que uma montanha de livros da saga Twilight. É triste pensar que esta pode ser a última aventura da Mercury Steam com Castlevania, mas pelo menos promete ser uma despedida grandiosa.

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